Príncipe Ali pede cancelamento da eleição para presidente da FIFA
A três dias da eleição do novo presidente da FIFA, prevista para esta sexta-feira (26), o príncipe jordaniano Ali Bin al-Hussein, um dos cinco candidatos à sucessão de Joseph Blatter, pediu o cancelamento da votação alegando falta de transparência no processo.
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Presidente da Federação Jordaniana de futebol, o príncipe Ali insiste para que as cabines de votação sejam transparentes durante a votação em Zurique. Sua intenção é evitar que os eleitores façam selfies ou tirem fotos de seus votos para comprovar que cumpriram ordens recebidas. Para atingir esse objetivo, o príncipe Ali entrou com uma queixa no Tribunal de Arbitragem do Esporte (TAS), a mais alta jurisdição esportiva.
Em entrevista no sábado à agência AFP, um de seus advogados, Renaud Semerdjian, explicou que "somente uma cabine transparente permitiria provar que cada eleitor votou de acordo com sua consciência e princípios" e que não foram obrigados a votar segundo uma orientação externa.
Um comunicado enviado pelos advogados do príncipe Ali informa que a FIFA se opôs ao "pedido de procedimento acelerado" sobre o tema, alegando que não "poderia decidir questões dessa natureza antes do dia 26 de fevereiro". Por isso, o candidato jordiano entrou com seu segundo pedido no TAS para, desta vez, exigir a suspensão da eleição.
Em comunicado, o TAS, que tem sede em Lausanne, anunciou que irá se pronunciar até a próxima quinta-feira (25) de manhã, no máximo, sobre o pedido formulado pelo candidato jordaniano.
Poucas chances de ser eleito
Na última eleição para a presidência da FIFA, em maio, o príncipe Ali provocou um segundo turno ao receber 73 votos contra 133 de Blatter. Mas o suíço se viu obrigado a renunciar ao cargo diante do escândalo que sacudiu a FIFA e convocou nova votação para o dia 26 de fevereiro.
Desta vez, as possibilidades do príncipe jordaniano em vencer o pleito são consideradas mais remotas. Os grandes favoritos para suceder Blatter são o xeque do Bahrein, Salman bin Hamad bin Isa Al Khalifa, presidente da Confederação Asiática de Futebol, e o ítalo-suíço Gianni Infantino, secretário-geral da UEFA.
Também estão no páreo o francês Jérôme Champagne, ex-diplomata e ex-secretário-geral da FIFA, e o sul-africano Tokyo Sexwale.
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