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Esporte em foco

Escândalos da FIFA e Marcelo Melo no tênis marcaram esporte em 2015

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Os diferentes casos de corrupção na FIFA no decorrer do ano mancharam de maneira contundente a entidade máxima do futebol mundial. Em dezembro, a decisão do Comitê de Ética de suspender durante oito anos os presidentes da FIFA, Joseph Blatter, e da UEFA, Michel Platini, de qualquer atividade ligada ao futebol foi o epílogo de uma sucessão de escândalos revelados e investigados em 2015.

O suíço Joseph Blatter, presidente da Fifa, sob uma chuva de dólares falsos lançados por um comediante britânico na sede da entidade.
O suíço Joseph Blatter, presidente da Fifa, sob uma chuva de dólares falsos lançados por um comediante britânico na sede da entidade. REUTERS/Arnd Wiegmann
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“Sinto muito pelo futebol”, disse Blatter, que, assim como Platini, promete recorrer da decisão. O caso de corrupção de quase € 2 milhões de euros, envolvendo Blatter e Platini, cuja candidatura para sucedê-lo ficou comprometida, não foi o único que expôs as práticas opacas da Federação Internacional de Futebol.

Em maio, em Zurique, uma batida policial levou para cadeia dirigentes e ex-dirigentes da Concacaf e da Conmebol, além de altos executivos da FIFA. Eles são investigados pela justiça americana por corrupção, lavagem de dinheiro e acusados de desviar cerca de US$ 150 milhões com compra de votos e subornos na venda de direitos de transmissão de jogos. O ex-presidente da CBF, José Maria Marin, foi extraditado para os Estados Unidos onde aguarda julgamento.

Em setembro, o francês Jérôme Valcke, conhecido por dizer que o Brasil merecia um chute no traseiro pelos atrasos das obras da Copa, foi demitido do cargo de secretário-geral da Fifa. A justiça suíça investiga seu envolvimento em outro esquema de corrupção: o da venda de ingressos no mercado negro para a Copa de 2014.

Barcelona brilhou nos gramados

Mas, dentro das quatro linhas, o futebol vibrou com a melhor equipe do mundo. A temporada foi quase perfeita para o Barcelona: cinco título em seis disputados, incluindo o de Campeão espanhol, da Liga dos Campeões da Europa e do Mundial Interclubes.

Do famoso trio MSN - Messi, Suárez e Neymar -, o argentino e o brasileiro concorrem ao Bola de Ouro de melhor jogador do ano. Outro brasileiro na festa será o atacante Wendell Lira, que concorre ao prêmio Puskás de gol mais bonito do ano, contra o argentino Messi e o italiano Alessandro Florenzi. E está otimista. “Estou vivendo um sonho”, comentou.

Na França, o PSG, do capitão Thiago Silva, fez história ao ser o primeiro clube a vencer as três competições nacionais: Campeonato, Copa da França e Copa da Liga, além de ter erguido o troféu dos Campeões do país.

Brasileiro no topo do tênis

O mineiro Marcelo Melo fez história. Em Paris, no início de junho, ele foi o primeiro brasileiro a erguer o título de campeão do torneio de duplas de Roland Garros com o parceiro croata Ivan Dodig. Em novembro, já como líder mundial de duplas do ranking da ATP, Melo venceu o Masters 1000 de Paris, outro feito inédito em sua carreira. “Paris tem sido especial para mim. Estou vivendo um sonho de criança”, disse em entrevista exclusiva à RFI Brasil.

Mas, aos olhos do mundo e da Federação Internacional do tênis, os dois melhores tenistas do ano foram Novak Djokovic e Serena Williams. O sérvio número 1 do mundo, incontestável, quebrou recordes: 14 títulos, nove de Masters 1000 e três Grande Slams; só faltou o de Roland Garros, quando foi batido na final pelo suíço Stanislas Wawrinka, uma das oito derrotas no ano.  “Estou muito feliz pela temporada que fiz”, resumiu.

No feminino, Serena Williams reina absoluta: foram 5 títulos e, como Djokovic, só perdeu um Grand Slam, o dos Estados Unidos, após cair na semifinal diante da italiana Roberta Vinci. Aos 34 anos, ela está longe de se aposentar das quadras.

Tri da pistas como Senna e Piquet

Na Fórmula 1, Lewis Hamilton, da Mercedes, conquistou seu terceiro título mundial com a vitória do GP dos Estados Unidos. Aos 30 anos, o britânico entra na seleta lista de tricampeões como Niki Lauda, Jackie Stewart, Jack Brabham e os brasileiros Nelson Piquet e Ayrton Senna.

Em outras pistas, o jamaicano Usain Bolt mostrou por que se tornou uma lenda do atletismo. O corredor mais rápido da história faturou outras três medalhas de ouro no Campeonato Mundial de Pequim: 100 e 200 metros e no revezamento 4x100. Bolt conquistou 17 dos 18 títulos que disputou.

O mundo do atletismo também se envergonhou com o mega escândalo de corrupção revelado pela Agência Mundial Anti-doping. A Rússia, com a ajuda de membros do alto escalão, organizou um esquema de fraude no esporte mais tradicional dos Jogos Olímpicos e poderá deixar os atletas do país de fora das Olimpíadas do Rio.

O ex-presidente da Federação Internacional, o senegalês Lamine Diack, foi indiciado por corrupção e lavagem de dinheiro.

Nos ringues do UFC, imensa decepção para José Aldo Pena. Em 13 segundos, o brasileiro foi nocauteado pelo irlandês Conor McGregor, que ficou com o cinturão de campeão peso pena do UFC 194.

Rio 2016

No judô, o Brasil terminou o ano em sétimo lugar no ranking da Federação Internacional. Foram poucos pódios nas competições internacionais. Destaque para Érika Miranda, medalha de ouro no grand Slam de Baikou, eleita a melhor judoca do ano pelo Comitê Olímpico Brasileiro. Ney Wilson, gestor de alto rendimento da Confederação Brasileira de Judô, diz que a atleta é uma das esperanças de medalhas no Rio 2016.

“Ela fez uma temporada brilhante e no ciclo olímpico também. É a única atleta que ganhou três campeonatos mundiais que antecedem os Jogos Olímpicos. É uma atleta com grande potencial para subir o pódio olímpico”, afirma.

 

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