Justiça catalã pede prisão de Messi por fraude fiscal
A Justiça da Catalunha pediu nesta quinta-feira (8) que o craque argentino Lionel Messi seja condenado a 22 meses e meio de prisão por crimes de fraude fiscal cometidos entre 2007 e 2009. Ele e seu pai serão julgados em data ainda não determinada e, se condenados, deverão pagar multa de mais de € 4 milhões.
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"A abertura do processo é acordada por três delitos contra o Tesouro dos quais são acusados Jorge Horacio Messi Perez e Lionel Andrés Messi Cuccittini", escreveu o juiz encarregado do caso em parecer divulgado nesta quinta-feira. A decisão não segue a recomendação do tribunal de Barcelona, que havia responsabilizado apenas o pai do jogador pela fraude.
De acordo com a corte, Lionel Messi nunca se envolveu diretamente na gestão de suas finanças, confiando "cegamente" em seu pai. Mas, para o juiz de primeira instância de Gavà (Barcelona), há indícios da participação dos dois no delito.
Empresas em paraísos fiscais
Pai e filho são acusados de criar empresas fantamas em paraísos fiscais como Uruguai e Belize para driblar € 4,16 milhões em impostos relativos aos direitos de imagem do atacante argentino. "Essa decisão é firme e inapelável", escreveu o magistrado, o que significa que eles terão de se sentar no banco dos réus do tribunal penal de Vilanova i la Geltrú, também em Barcelona.
No entanto, o juiz não recomenda medida cautelar nem fixa uma fiança para os acusados, considerando que ambos "colaboraram" com o procedimento judicial. O advogado do Estado, que representa o Tesouro Público, pediu encarceramento e multa equivalente ao montante sonegado. Mas, na Espanha, é rara a execução de penas de prisão inferiores a dois anos.
Quatro vezes Bola de Ouro da Fifa, Lionel Messi é um dos esportistas mais ricos do planeta, segundo a revista Forbes, com uma renda anual de US$ 64,7 milhões.
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