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Fifa/Corrupção

Justiça dos Estados Unidos prevê novos processos ligados à corrupção na Fifa

A justiça americana prevê "indiciar outras pessoas e organizações" ligadas ao mega escândalo de corrupção da Fifa, informou nesta segunda-feira (14) em Zurique a ministra da Justiça americana, Loretta Lynch. Ela iniciou as investigações sobre o caso quando ainda atuava como procuradora de Nova York.

O procurador-geral suíço, Michael Lauber, e a ministra da Justiça dos EUA, Loretta Lynch, durante coletiva sobre o escândalo de corrupção da FIFA, em Zurique.
O procurador-geral suíço, Michael Lauber, e a ministra da Justiça dos EUA, Loretta Lynch, durante coletiva sobre o escândalo de corrupção da FIFA, em Zurique. REUTERS/Ruben Sprich
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Numa entrevista coletiva conjunta com Lynch, o procurador da Suíça, Michael Lauber, revelou que "ativos financeiros foram apreendidos, inclusive apartamentos nos Alpes Suíços". Lauber afirmou que a investigação sobre as condições de atribuição das Copas do Mundo de 2018 e 2022 "ainda está longe do fim do primeiro tempo".

A ministra da Justiça dos Estados Unidos disse que a investigação não tem um perímetro limitado e pode levar ao indiciamento de outros suspeitos além dos 14 cartolas e empresários esportivos citados em maio.

Três brasileiros estão na mira da justiça americana: José Maria Marin, ex-presidente da CBF, preso com mais seis dirigentes na Suíça desde o final de maio; o dono do grupo Traffic, José Hawilla, que fez um acordo para devolução de US$ 151 milhões; e José Lázaro, suspeito de intermediar pagamentos de subornos, na lista de procurados da Interpol.

Questionada se Joseph Blatter, que pediu demissão do cargo de presidente da entidade, seria ouvido pelos investigadores americanos, Lynch não respondeu diretamente, preferindo uma piada: ela disse que não estava apta a comentar o programa de viagem do suíço, que deixará a direção da Fifa para seu sucessor no dia 26 de fevereiro.

Os apartamentos bloqueados pela justiça nos Alpes Suíços são relacionados com as investigações de atribuição das Copas da Rússia (2018) e do Catar (2022), segundo o procurador suíço. Lauber não citou nomes nem deu detalhes sobre as investigações, mas disse que investimentos imobiliários podem servir à lavagem de dinheiro. De acordo com o procurador, 121 contas bancárias apresentando movimentos suspeitos estão sob investigação.

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