Brasil faz fiasco e termina Mundial de Atletismo de Pequim em 26° lugar

O Quênia terminou pela primeira vez da sua história em primeiro lugar no quadro de medalhas do Mundial de Atletismo, no torneio encerrado neste domingo (30) em Pequim. Os quenianos conquistaram sete ouros, seis pratas e três bronzes, totalizando 16 pódios. Como aconteceu no Mundial de Judô, a participação do Brasil foi preocupante a apenas um ano dos Jogos Olímpicos do Rio. A equipe brasileira ganhou apenas uma medalha e ficou em 26° lugar na classificação geral.

Festa de encerramento do Mundial de Atletismo de Pequim, em 30 de agosto de 2015. REUTERS/Fabrizio Bensch

O Brasil deixa o Mundial de Pequim tendo conquistado uma medalha de prata com Fabiana Murer, no salto com vara.

No último dia das provas, a brasileira Roselaine Benites, que participou da maratona feminina, teve que parar duas vezes no percurso para receber atendimento médico. Roselaine conseguiu concluir os 42,195 km do percurso, com o tempo de 2:49:28, frustrando suas próprias expectativas.

"Queria correr abaixo de 2:40:00, mas logo nos primeiros quilômetros vi que seria difícil", disse a atleta. "Mesmo assim, se não fossem as duas paradas, a marca seria uns seis minutos melhor", concluiu Roselaine.

Já Michele Cristina das Chagas correu até a altura dos 10 km, quando passou a sentir dores fortes no tornozelo direito. "A Michele não teria como continuar na prova", disse o médico Warlindo Neto, apontando para o inchaço da região.

A etíope Mare Dibaba foi a campeã da maratona feminina, fechando o trajeto em 2:27:35, com apenas um segundo de vantagem sobre a queniana Hellah Kiprop, ganhadora da medalha de prata. O bronze foi para a representante do Bahrein, Eunice Jepkirui Kirwa.

Queniano conquista terceiro ouro

O queniano Asber Kiprop conquistou hoje seu terceiro ouro consecutivo em Mundiais na prova dos 1500 m, com o tempo de 3 minutos, 34 segundos e 40 centésimos. Kiprop, de 26 anos, superou o compatriota Elijah Manangoi (prata, 3:34.63) e o marroquino Abdalaati Iguider (bronze, 3:34.67). Atual campeão olímpico, o argelino Taoufik Makhloufi ficou fora do pódio por apenas nove centésimos (4º, 3:34.76).

No quadro geral de medalhas, a Jamaica empatou com o Quênia em número de pódios, mas ficou em segundo lugar por ter conquistado sete ouros, duas pratas e três bronzes. Os Estados Unidos tiveram o maior total de pódios (18), mas decepcionaram ao levar 'apenas' seis ouros.