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Brasil x França

Para brasileiros, jogo contra França é “especial” e pode garantir vaga na seleção

Pouco antes do segundo treino da seleção brasileira nesta terça-feira (24), no estádio Charléty, em Paris, cinco jogadores falaram do desafio de enfrentar a seleção francesa dentro de casa e da oportunidade de mostrar seu futebol diante de um adversário de peso para conseguir se manter na equipe de Dunga.

Elias participou da entrevista coletiva de hoje à tarde.
Elias participou da entrevista coletiva de hoje à tarde. Rafael Ribeiro / CBF
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A lembrança da derrota dos 3 a 0 na final da Copa de 98 persegue os herdeiros da camiseta da seleção brasileira, sobretudo quando a equipe volta ao palco da histórica final. “Esse negócio de tabu, esse passado ruim, a gente deixa para a imprensa e o torcedor. É claro que a vontade é de jogar e vencer”, diz Elias, que tem uma outra lembrança amarga. Ele esteve no Stade de France na derrota de 1 a 0 no amistoso contra a França, em 2011, ainda na era de Mano Menezes.

“A gente quer muito devolver essa derrota. Vai ser um grande jogo”, diz. “A equipe que joga em casa sempre vai pressionar. Quando tivermos os nossos momentos na partida, teremos que ser felizes. Vamos marcá-los, como a gente vem fazendo porque eles têm jogadores que podem decidir a qualquer momento”, avalia o volante reserva.

Para o zagueiro Miranda, do Atlético de Madrid, a seleção vai ter que ficar de olho no ataque adversário. “É um ataque de muita qualidade e muito rápido. Precisamos ter uma defesa muito bem organizada para não sermos surpreendidos”, avalia. Atuando no futebol espanhol, ele acompanha de perto uma das estrelas da França, Benzema, autor do gol da vitória no amistoso de quatro anos atrás.

“Benzema é um grande jogador e, na seleção da França, joga ainda melhor do que no Real Madrid. Vai ser um grande duelo. Eu fico feliz em estar marcando esses grandes jogadores porque você pode mostrar seu potencial”, diz Miranda.

Para o volante Luiz Gustavo, o confronto, apesar de amistoso, carrega o peso de muitas histórias. “Brasil e França sempre é especial, são jogos difíceis, eles têm jogadores de muita qualidade, então temos que ter muita atenção e estarmos concentrados para fazer uma grande partida e conseguir o nosso objetivo, que é a vitória”.

De olho na Copa América

Mais do que a vitória na casa do adversário para confirmar a grande fase da seleção brasileira, o confronto com a França é a oportunidade de se firmar no grupo de Dunga, que se prepara para a Copa América, no Chile.

Danilo, apesar de ter um lugar cativo na lateral direita, não quer tirar o foco da seleção. “Meu objetivo é jogar bem. Desta maneira eu vou conseguir me manter na seleção”, diz o zagueiro do Porto. Sobre os critérios que Dunga vai usar para definir o grupo, ele arrisca: “Acho que vai avaliar primeiramente a qualidade do grupo, o comprometimento dos jogadores com a camisa da seleção. Eu acho que são esses alguns pontos que ele vai avaliar para montar o grupo.”

Danilo também desconversou sobre as notícias de que pode se transferir para o Real Madrid na práxima temporada. “Não é esse o meu foco. O meu foco é a seleção, agora. Depois do final da temporada vou ver o que é melhor para mim e para o Porto”, falou.

Um dos jogadores com maior expectativa de entrar em campo contra a França para finalmente ganhar a confiança de Dunga é Philippe Coutinho. Ele tem sido convocado regularmente, mas ainda não conquistou a vaga de titular no meio campo. “Sá de estar aqui já é uma grande oportunidade. Tenho sempre que aproveitar o momento e tentar aprender ao máximo e melhorar”, diz o jogador, que passa por uma boa fase no Liverpool.

“Com certeza será um grande jogo. Nos vamos jogar contra uma grande seleção de grande qualidade. Será um boa oportunidade para o Brasil”. Ele considera que seu passe para a Copa América não está garantido. “Tem muita coisa para acontecer ainda. Sou um jogador jovem ainda, mas sempre tenho que estar aqui provando”, disse.

Concorrência entre zagueiros

Nem mesmo os mais experientes, como Luiz Gustavo, ficam tranquilos diante da concorrência difícil pela camiseta amarelinha. “Com seleção brasileiro todo jogo é decisivo. Não tem time mais forte que o outro, tradicional ou não. Jogando pela seleção a gente sempre tem que estar motivado, sempre buscando dar o seu melhor. Só assim você consegue permanecer na equipe e ajudando a seleção. Para isso, em todo jogo a gente que dar 100%”, resume.

O discurso é alinhado com o do zagueiro Miranda, que enfrenta a dura concorrência de Thiago Silva e David Luiz: “Para mim, cada jogo se torna muito importante. E a chance de provar que eu mereço estar vestindo a camiseta da seleção brasileira. A melhor maneira não é de falar e sim, de jogar.
Vou fazer o meu melhor para a seleção conseguir vencer os jogos”, afirma.

“A concorrência sempre existe. Estamos na seleção brasileira, repleta sempre de bons jogadores, grandes zagueiros. O que tenho que fazer é jogar. Continuar jogando em alto nível. Quem o Dunga escolher, vai dar conta do recado”, concluiu Miranda.
 

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