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Brasil/Copa

Para Júlio César, apoio da torcida é essencial para Brasil ser campeão

A seleção brasileira enfrentou muita chuva, frio e vento no treino realizado na tarde desta quinta-feira (19) na sua volta à Granja Comary. Em entrevista coletiva no final das atividades, o goleiro Júlio César defendeu a evolução da seleção e disse que o carinho da torcida é fundamental para a equipe ter tranquilidade para trabalhar e chegar ao título.

O goleiro Júlio César durante entrevista coletiva na Granja Comary, nesta quinta-feira, 19 de junho.
O goleiro Júlio César durante entrevista coletiva na Granja Comary, nesta quinta-feira, 19 de junho. Foto: Reuters
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Elcio Ramalho, enviado especial à Teresópolis,

Dos titulares que começaram o jogo contra o México, apenas Júlio César e o meia atacante Ramires pisaram no gramado e participaram das atividades físicas com os reservas, entre eles, Hulk que estava liberado pelos médicos, mas foi deixado no banco por Felipão. O restante do grupo participou de um trabalho de recuperação.

Apesar do mau tempo, muitos torcedores que moram no condomínio onde se encontra o centro de treinamento da seleção assistiram à movimentação dos atletas com guarda-chuvas, sombrinhas e muito casaco por causa do frio.

Para o goleiro Júlio César, a cena foi uma nova demonstração do carinho e da confiança que os torcedores têm demonstrado com a seleção. Segundo ele, o reencontro com a torcida aconteceu durante a Copa das Confederações no ano passado e continua forte.

“O carinho da torcida é fundamental. O reecontro da seleção com a torcida foi incrível. O carinho do torcedor dá tranquilidade para a gente trabalhar para ganhar essa Copa. É um momento único para nós jogadores também e o torcedor brasileiro merece muito (o título).”

O goleiro comentou também a emoção dos atletas durante a execução do hino nacional minutos antes das partidas, com a torcida cantando em coro a música até o final. “A energia que chega da torcida é muito forte. Além dos 11 em campo, a impressão é que são 22 jogadores. Quando acaba o hino nacional, o que a gente sente é incrível", revelou.

Equipe evolui

Durante a entrevista, Júlio foi questionado várias vezes sobre a evolução da equipe, apesar do empate sem gols com o México.

“Coletivamente não fizemos uma partida boa, mas foi pela marcação do México. A evolução foi em relação ao bom comportamento do nosso time. A gente teve a tranquilidade para administrar a partida", avaliou. Segundo ele, “só faltou o gol”. Júlio elogiou o goleiro adversário maior responsável pelo placar em branco. “O goleiro Ochoa, como ele mesmo disse, fez a partida da vida dele”, resumiu.

Júlio também voltou a elogiar o comportamento da equipe no jogo de estreia, quando teve tranquilidade para reverter o placar contra a Croácia.

“Quando a gente fala em melhora é em relação a jogar com equipes mais defensivas, no sentido de criar uma jogada sem bola. É esse tipo de melhora que a gente pode obter, mas isso é com muita conversa e treino dentro de campo”, explicou.

Júlio César durante treino na Granja Comary realizado debaixo de muita chuva.
Júlio César durante treino na Granja Comary realizado debaixo de muita chuva. Foto: Reuters

Júlio César também atribui o respeito que as outras seleções adquiriram em relação ao Brasil após a Copa das Confederações para justificar algumas dificuldades dentro de campo. Para ele, os treinadores adversários estão se preparando melhor.

“Antes da Copa das Confederações o time não tinha identidade. O Felipão deu uma nova cara, um estilo de jogo, uma tática. As outras seleções entram respeitando mais o Brasil”, opina.

“Os dois primeiros jogos deram maturidade à seleção brasileira e vamos evoluir no decorrer da competição”, prometeu o goleiro que disse ter gostado de enfrentar duas equipes difíceis porque permitiram ao Brasil “entrar no clima da Copa e encarar as dificuldades desde o começo”.

Ele também foi firme ao se referir aos que criticaram abertamente sua convocação. “Eu joguei muito pouco a temporada passada, e o ritmo de jogo faz falta”, reconheceu. No entanto, as boas defesas dos dois primeiros jogos trouxeram “sua confiança de volta”.

“Todo mundo que tinha uma postura duvidosa, está começando a mudar de opinião. Não quero responder a ninguém. Tenho um compromisso comigo mesmo e quero chegar ao fim e vê-lo realizado que é o de ser campeão”, afirmou.

Neymar entre os três melhores do mundo

Questionado sobre quem está mais maduro para enfrentar essa Copa do Mundo entre o brasileiro Neymar e o italiano Mario Balotelli, o camisa 12 não titubeou. "Tive oportunidade de jogar com o Mario na Inter de Milão, quando ele tinha 17 anos. O fato de ter ido para Inglaterra, ter jogado pela seleção italiana garantiu a ele maturidade. Mas Neymar é diferenciado", disse, colocando seu companheiro de seleção entre os três melhores jogadores do mundo atualmente.

"Falo porque vejo e acompanho os treinos desse menino que ainda vai fazer muito pelo futebol. Ele ainda vai divertir muita gente. Entre Mario e o Neymar, é óbvio que escolho o Neymar porque ele é um jogador mais completo que o Balotelli e mais maduro", afirmou.

Jornalistas e torcedores  acompanharam o treino da seleção brasileira debaixo de chuva.
Jornalistas e torcedores acompanharam o treino da seleção brasileira debaixo de chuva. Foto: RFI

Camarões não vai ser fácil

O goleiro titular do Brasil confessou que está estudando todos os adversários da seleção na fase de grupos, mas também as prováveis equipes que poderão cruzar o caminho do Brasil futuramente.

No entanto, se recusou a responder sobre sua preferência por Chile ou Holanda, equipes já classificadas para a próxima fase e que irão enfrentar os dois primeiros colocados do grupo do Brasil.

“Seria um desrespeito em relação a Camarões”, justificou. Sobre a equipe africana, Júlio César destacou a força física e a motivação dos jogadores. “Fisicamente é uma seleção forte e independentemente de estar eliminada, vai querer mostrar serviço. Todo mundo que enfrenta o Brasil entra para jogar, quer vencer, quer mostrar o seu melhor, mas a gente vai se preparar bem para esta partida”, avisou.

“Para nós é uma final, nossa classificação e por isso vamos entrar com a mesma seriedade. A gente não está numa condição muito confortável, mas estamos bem e vamos tentar a vitória para terminar em primeiro do grupo”, acrescentou.

Questionado se gostaria de ver uma final entre Brasil e Argentina, Júlio César não hesitou : “Seria interessante. Mas a nossa cabeça agora está na seleção de Camarões”.

 

 

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