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Judô/Grand Slam

Bronze de Rafaela Silva salva estreia do Brasil no Grand Slam de Judô de Paris

O Brasil conquistou sua primeira medalha no Grand Slam de Paris que acontece neste sábado e domingo (8 e 9) no ginásio de Paris-Bercy. Rafaela Silva conquistou uma medalha de bronze. A grande decepção neste início de torneio foi a derrota de Sarah Menezes, logo no primeiro combate, para uma jovem francesa.

Da esq. para a direita, a medalha de ouro Anzu Yamamoto, a prata Nae Udaka,  Rafaela Silva e a francesa Automne Pavia, medalhas de bronze.
Da esq. para a direita, a medalha de ouro Anzu Yamamoto, a prata Nae Udaka, Rafaela Silva e a francesa Automne Pavia, medalhas de bronze. FIJ
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Foi uma batalha difícil e dolorida pela medalha de bronze. Rafaela Silva teve que superar a torcida do ginásio Paris- Bercy, que empurrava a prata da casa, a própria judoca francesa Laetitia Blot, e até dores no olho, depois de levar uma pancada involuntária da adversária no olho esquerdo, durante o combate. Nada disso tirou a concentração e determinação da brasileira, que venceu depois de aplicar dois belos golpes na francesa. Terceira melhor judoca do ranking mundial na categoria (57 kg), Rafaela veio atrás do ouro, mas nessa sua primeira participação no Grande Slam de Paris, não ficou tão decepcionada.

“Estou feliz porque é a primeira vez que participo desse torneio em Paris. Infelizmente não saio com a medalha de ouro, que era meu objetivo, mas saio feliz com minha medalha de bronze”, disse ao final do combate.

Rafaela contou ter ficado com a visão um pouco embaçada após a pancada da mão da francesa no seu olho esquerdo, mas nada que tenha prejudicado a sua determinação. “O judô já é um combate. Não seria uma lesão que me faria entregar a medalha”, afirmou em entrevista à Rádio França Internacional.

Decepções no tatame

O bronze de Rafaela Silva salvou a estreia do Brasil no Grande Slam de Paris. Os outros sete atletas da delegação verde-amarela nem sequer disputaram medalhas. Mariana Silva (63 kg) chegou até a repescagem depois de vencer dois duelos e perder a luta para a francesa Anne-Laure Bellard, mas foi eliminada na sequência pela japonesa Miki Tanaka. Mariana foi punida com um hansoku-make disciplinar e por isso foi eliminada do torneio. Na mesma categoria, Khaterine Campos não passou da estreia contra a judoca holandesa Anicka Van Emden.

Na categoria leve, Flávia Gomes venceu sua primeira luta contra Zoulehla Abzetta Dabonne, da Costa do Marfim, mas parou na sequência contra a sérvia Jovana Rogic.

Mas a grande decepção no feminino foi mesmo Sarah Menezes, número 1 mundial de sua categoria, (48 kg). Ela foi derrotada logo na sua primeira luta pela francesa Amandine Bouchard, de apenas 18 anos. Para a francesa, foi uma bela revanche, já que no ano passado ela tinha sido eliminada pela brasileira.

“Há um ano esperava essa revanche. No ano passado perdi por 2 wazaris e este ano fiquei determinada quando vi o sorteio e mal podia pensar no meu primeiro combate. No cantinho da minha cabeça eu pensava na Sarah Menezes e eu queria ganhar de qualquer maneira”, disse.

 Balanço

No masculino, outras três decepções. Assim como Sarah Menezes, Felipe Kitadai, da categoria até 60 quilos, também esperança de medalha, não passou da estreia por causa de um judoca francês. Sexto do ranking mundial, Kitadai deixou o torneio após ser derrotado pelo francês Vincent Limare.

Bruno Mendonça (73kg) também caiu na sua primeira luta contra o grego Georgios Azoidis. Na mesma categoria, Marcelo Contini começou bem, com vitória contra o sérvio Ljubisa Kovasevic, mas depois parou no francês Guillaume Chaine e nem sequer chegou à repescagem.

Apesar desse início de competição pouco favorável, com apenas a medalha de bronze de Rafaela Silva, a treinadora Rosicleia Campos, relativizou o primeiro dia de competição. “Estamos no início da temporada. O ranking olímpico só começa a partir de maio, está tudo dentro do previsto. De fato, a gente não chegou até as medalhas que poderíamos chegar, mas não está fora do que a gente estava realmente pensando”, disse. Rosicleia também não se abalou com a derrota de Sarah Menezes. “Ela não foi uma decepção. Eu conversei com ela e disse que tudo tem uma hora para acontecer. Que bom que foi agora”, analisou.

Neste domingo, outros 6 atletas entrarm no tatame para a disputa do segundo dia do grande Slam de Paris.

 

 

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