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Recessão mundial está a caminho com sinais vindos dos EUA e da Alemanha

A ameaça de recessão em duas locomotivas da economia mundial, os Estados Unidos e a Alemanha, está em destaque na imprensa francesa nesta terça-feira. O jornal Les Echos relata um estudo que ouviu 226 economistas americanos: eles avaliam como “provável” a chance de uma recessão acontecer nos próximos dois anos.

Um trader da Bolsa de Valores de Frankfurt, na Alemanha.
Um trader da Bolsa de Valores de Frankfurt, na Alemanha. REUTERS/Ralph Orlowski/File Photo
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A mudança na política monetária do país, com a queda dos juros definida pelo Banco Central (FED), pode atrasar o quadro recessivo, mas não deve evitá-lo. Os economistas defendem a independência completa da instituição em relação ao Executivo, e mais da metade dos especialistas avaliam como negativo o fato de o presidente Donald Trump fazer críticas ao Banco Central.

A guerra comercial entre Estados Unidos e China preocupa: apenas 5% dos especialistas ouvidos acredita em um acordo comercial a médio prazo entre as duas potências. Outro assunto delicado é o Brexit: Les Echos informa que 40% dos participantes da pesquisa apostam que o Reino Unido deve sair da União Europeia sem acordo. Com a ascensão ao poder de Boris Johnson, 20% preveem que a maior chance é que aconteça um “hard Brexit”, ou seja, uma retirada brusca dos britânicos do mercado comum europeu.

Os especialistas alertam que todo esse contexto vai pesar no crescimento mundial, que deve desacelerar. O índice não deve ultrapassar 3,2% neste ano, depois de registrar 3,6% no ano passado, indica o estudo da Nabe, a Associação Americana de Economistas de Negócios.

Já na Alemanha, quem dá o alerta é o próprio Banco Central alemão. O jornal Le Figaro informa que um relatório da instituição publicado nesta segunda-feira (19) afirma que “a economia poderá se contrair de novo no terceiro trimestre”. Em outras palavras, o país pode estar às portas da recessão.

A Alemanha sofre com a queda da demanda mundial, já que as exportações respondem por 40% do PIB alemão. Enquanto o índice de desemprego permanece baixíssimo, de apenas 3,1%, Berlim não pensa em quebrar a sua regra de ouro de equilíbrio do orçamento. Mas as pressões internas começam a crescer para que, se a situação se deteriorar, o governo lance um plano de estimulo econômico, afirma o diário francês.

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