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RFI Convida

Ex-ambulante brasileiro fala para 400 estudantes na Europa: “Seja parte da solução, não do problema”

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Ex-ambulante da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, ele chegou a pedir R$10 emprestados para iniciar um negócio que acreditava ser lucrativo: vender água na praia. Sua história, publicada num vídeo do Instagram, viralizou nas redes sociais. Atualmente com quase meio milhão de seguidores, Rick Chester virou digital influencer e esteve em Paris para contar sua experiência inspiradora. Ele é o entrevistado do RFI Convida desta segunda-feira (19).

Rick Chester com seu livro "Pega a visão".
Rick Chester com seu livro "Pega a visão". P. Varon
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*Para ouvir a entrevista na íntegra, clique na imagem acima

Até seis meses atrás, Rick Chester, 41, era um vendedor de água mineral na praia de Copacabana, na capital carioca. Mas um vídeo publicado no Instagram, onde dava ideias de como superar o desemprego no Brasil, mudou a sua vida. Com cerca de 420 mil seguidores nesta rede social e um livro lançado, ele já viajou todas as capitais brasileiras e esteve na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e em Tóquio, no Japão, ministrando uma série de conferências. “Mais 100 mil inscritos no YouTube e lotação máxima no Facebook, o grito vai ficando maior”, pondera Chester.

O ex-ambulante pisou pela primeira vez na França no fim de semana passado por ocasião do Euroleads, evento sobre empreendedorismo e inovação que reuniu mais de 400 estudantes brasileiros na Europa. “Os públicos são muito variados. Eu dou palestra sobre vendas, superação, motivação, então depende muito do momento, do local, do estado, do país”, conta Chester.

“Eu era um vendedor de água de Copacabana que viu seu povo deitando, se sentindo derrotado, e como eu trabalhei por minha conta a vida toda vendendo, pensei que dava para fazer alguma coisa”, relata. “Se você não está fazendo o que dá para ser feito, você é parte do problema”, diz.

“Parte da solução”

Chester conta que decidiu se tornar “parte da solução” e inspirar pessoas a fazerem o mesmo”. Na França, sua palestra foi voltada para o “jeitinho brasileiro”. “Justifiquei isso através do jeitinho brasileiro de se esconder atrás de uma desculpa pronta para não fazer nada e para justificar o fato de nada estar acontecendo”, conta. “Faça alguma coisa, porque se nada está acontecendo e você não faz nada, você faz parte deste nada onde nada acontece”, diz. “Quando você não faz nada, você perde o direito de dizer que nada está acontecendo”, analisa Chester.

Rick Chester conta que começou a trabalhar com sete anos de idade, vendendo verdura em um carrinho de mão no Rio de Janeiro. “Vendi alguma coisa a vida toda: verdura, picolé, sacolé, bijuteria. Num determinado momento fui vender água na praia e comecei a falar de crise por ter trabalhado a vida toda por minha conta e por ter conseguido fazer minha engrenagem virar, apesar de tudo, então resolvi falar para mais pessoas o que eu já falava para pessoas do meu convívio”, conta. “Se vender água não dá para você, então o problema não está no Brasil, está em você”, afirma.

Assinatura do livro no campus da Escola Politécnica em Palaiseau
Assinatura do livro no campus da Escola Politécnica em Palaiseau P. Varon

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