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CPLP abre escritórios em Paris e Bruxelas para ampliar oportunidades

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A Confederação dos Empresários e a União dos Exportadores da CPLP - Comunidade dos Países de Lingua Portuguesa - estão inaugurando na França e na Bélgica os seus escritórios de representação.  O objetivo é ampliar a cooperação bilateral e atrair o empresariado destes países europeus.

Mario Costa, presidente da União dos Exportadores da CPLP e Bertrand Dupont, representante da Confederação dos Empresários e da União dos Exportadores da CPLP
Mario Costa, presidente da União dos Exportadores da CPLP e Bertrand Dupont, representante da Confederação dos Empresários e da União dos Exportadores da CPLP RFI
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A CPLP tem nove países-membros: Brasil. Portugal, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor Leste,  Guiné –Bissau, Guiné Equatorial e Cabo Verde, além de dez nações observadoras.

Mario Costa, presidente da União dos Exportadores da CPLP, explica a estratégia da abertura de escritórios em Paris e em Bruxelas: "A França está englobada na abrangência da CPLP, ou seja, a Comunidade tem nove países nos quatro continentes, mas cada um deles também pertence às suas regiões. Portugal pertence à União Europeia, onde a França tem um papel decisivo, assim como o Brasil à América Latina, ou oTimor Leste à Ásia, além dos africanos. Estamos falando de um universo a partir do qual os Estados-membros da CPLP podem fazer negócios com 86 países", esclarece Costa, ressaltando que a abertura de escritórios na França e na Bélgica tem o objetivo de trazer à tona novas oportunidades de negócios.

Mario Costa observa que há tudo por fazer. "São países virgens em que os empresários estão muito receptivos para receber parcerias. Hoje, eles recebem produtos com valor agregado dos países mais desenvolvidos e as matérias-primas saem a baixo custo. Nossa lógica é a inversa. Fazer as empresas dos países mais desenvolvidos, como as francesas, irem para os países da CPLP para compartilharem o seu know-how, a sua tecnologia e, quem sabe, levar algum capital, algum investimento. Há também os empresários que querem ser capacitados, que querem diversificar sua economia rapidamente e que estão dispostos a compartilhar o mercado", explica Costa.

Os países da CPLP também têm muito a oferecer. Há recursos naturais em abundância, como óleo, petróleo, gás, terra fértil, água, mar. "Queremos potencializar os recursos naturais destes países e, a partir daí, exportar os produtos para o vasto universo da abrangência da Comunidade. E nisto a França é decisiva, para poder acolher estes produtos, que podem ser mais competitivos com os custos de mão de obra bem mais baixos", observa Mario Costa.

Competitividade global

Bernard Dupont, representante oficial da Confederação Empresarial e da União dos Exportadores da França e Bélgica, fala sobre o peso da CPLP no cenário global. " Estamos falando de uma zona de abrangência de cerca de 2 bilhões de pessoas, ou seja, 31% da população mundial representada pelas seis comunidades econômicas (Asean, Cedeao, CEEAC, SADC, Mercosul e União Europeia). A comunidade lusófona é muito importante na França, com forte presença na região Ile-de-France, então, há muitas parcerias que estamos assinando", diz o empresário, citando como exemplo três colaborações recém-assinadas com a Confederação Empresarial de Île-de-France, com a Câmara de Comércio e Indústria de Paris-Île de France e com a Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa.

"Brasil estava reticente em presidir a CPLP"

Desde 2016, o Brasil tomou a frente da presidência rotativa da CPLP, por dois anos. "Havia um certo ceticismo por parte do Brasil em perceber a importância do pilar econômico do bloco, mas depois de termos todo esse movimento empresarial, de explicarmos aos líderes e empresários brasileiros quanta força a CPLP tem em termos econômicos, e de pensarmos enquanto bloco e não enquanto relações bilaterais, os empresários brasileiros despertaram para isso", afirma Mario Costa, refletindo que hoje os brasileiros olham para a CPLP com uma perspectiva econômica diferente.

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