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Radar econômico

Companhias apostam em voos low cost de longa distância

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Depois da conquista do mercado de curta e média distância, as companhias aéreas “low cost”, ou seja, de baixo custo, apostam agora com força total nos trajetos intercontinentais. 

A Norwegian Airlines foi a pioneira dos voos low cost de longa distância
A Norwegian Airlines foi a pioneira dos voos low cost de longa distância Divulgação
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Em maio, a Norwegian Airlines abrirá sua filial francesa para realizar voos ligando Paris ao continente americano. Já, em julho, uma nova companhia aérea, Level, do mesmo grupo da British Airways, voará da Europa para Estados Unidos, República Dominicana e Argentina. As passagens podem custar menos de 500 euros (cerca de 2000 reais).

"Os clientes querem pagar cada vez menos por um produto que tenha a mesma fiabilidade. Para isso, eles estão prontos a pagar todos os outros serviços incluídos na passagem da companhia aérea tradicional. Então os clientes querem um transporte seguro, que decole pontualmente e com aeronaves modernas", explica Jean-Louis Baroux, presidente da APG, associação francesa de companhias aéreas.

Uma pergunta frequente dos clientes é como as companhias podem obter lucros com passagens tão baratas. "Há todo um mecanismo para isso. A diferença entre a passagem de uma companhia low cost e a de uma tradicional é de cerca de 20%, não é enorme, mas aporta somas consideráveis. Para ter lucro, a companhia low cost deve respeitar três fatores. Uma frota moderna, que consuma pouco combustível e menos cara para a manutenção. Em segundo lugar, os empregados devem ganhar um salário fixo menor, porém com mais comissões. E, em terceiro, todos os serviços, como a comida a bordo e despachar bagagem, devem ser pagos", revela Baroux.

Norwegian Airlines: pioneira

Ele também lembra que os voos low cost de longa distância, apesar do boom deste ano, não são novidade e cita dois exemplos. "Na França, temos a French Blue, que lançou suas operações no ano passado e que realiza voos para o Caribe e, em breve, para o oceano Índico. Há também a XL Airways, que não está muito atrás na França".

Porém, a pioneira foi a norueguesa Norwegian Airlines, que este ano aposta na ampliação da sua fatia do mercado com novos voos. "Foi a companhia que criou o sistema adequado para os voos low cost de longa distância, com aeronaves verdadeiramente modernas e custo de pessoal bem abaixo dos praticados, por exemplo, pelas companhias francesas."

As companhias aéreas tradicionais estão cada vez mais perdendo mercado, em um setor altamente competitivo. "Acho que elas se preocupam bastante. Elas observam o fenômeno há muito tempo, mas sempre estiveram em um estado de negação. Elas achavam que não aconteceria, como com os voos low cost de curta distância. De repente, eles chegaram ao mercado, com preços que as companhias tradicionais não podem fornecer. E eu posso dizer que atualmente elas estão bastante preocupadas."
 

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