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Brasil pode avançar em práticas de sustentabilidade, diz especialista

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Industriais e varejistas ainda precisam rever práticas no Brasil para oferecer aos consumidores produtos mais sustentáveis. A avaliação é de Ignacio Gavilan, especialista em estratégias de sustentabilidade ambiental no The Consumer Goods Forum − CGS, uma entidade com sede em Paris que reúne a elite de dirigentes de marcas globais do varejo.

RFI Convida Ignacio Gavilan, diretor de sustentabilidade na entidade The Consumer Goods Forum - CGS.
RFI Convida Ignacio Gavilan, diretor de sustentabilidade na entidade The Consumer Goods Forum - CGS. RFI
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O CGF é a instância onde cerca de quatrocentos CEOs e executivos de empresas como Pão de Açúcar, Cargill, Danone, Unilever e Carrefour, só para citar alguns grupos conhecidos, adotam "resoluções" para melhorar a qualidade dos produtos que colocam à venda no mercado. As propostas emergem de grupos de trabalho estruturados em quatro áreas: sustentabilidade, segurança dos produtos, saúde e bem-estar do consumidor e padronização de processos industriais.

Em tempos de combate ao aquecimento global, as ações na área de sustentabilidade estão em evidência. Um exemplo prático de ação do CGF foi criar uma ferramenta que permite identificar no mercado internacional de commodities se um determinado lote de soja foi produzido em uma área desmatada ilegalmente.

Conforme Gavilan explicou em entrevista à RFI, o Brasil evoluiu nos últimos anos no que se refere à redução do desmatamento de áreas para a produção de carne e cereais, mas ainda pode fazer melhor.

Um exemplo que vai na boa direção, na avaliação do especialista, é o projeto do governo do Mato Grosso, baseado no conceito de "produzir, conservar e incluir", visando o desmatamento zero até 2020. "A iniciativa é muito interessante. É um lugar onde estão presentes muitos atores − o gado, a soja, o setor sucroalcooleiro, a madeira, o papel. Organizar todos esses parceiros em torno de um objetivo de desmatamento zero é muito complicado, mas a intenção existe e os empresários estão convencidos de que será preciso firmar um compromisso", diz Gavilan. 

Ações que ainda podem ser incrementadas no país são, por exemplo, a substituição dos sistemas de refrigeração de supermercados e frigoríferos à base de gases que provocam o efeito estufa, por equipamentos menos nocivos para a camada de ozônio. Diminuir o desperdício de alimentos é outra área na qual o Brasil pode avançar. 

Nos dias 26 e 27 de outubro, o CGF vai realizar, em Paris, o primeiro encontro de cúpula dedicado a questões de sustentabilidade ambiental na rede varejista. Será uma ocasião para compartilhar soluções inovadoras, conhecer projetos desenvolvidos por marcas globais, como Barilla e Nestlé, entre outras, além de organizações civis envolvidas com a questão da segurança alimentar, como Oxfam e The Graapz Project, a rede de autônomos que combate o desperdício de frutas e legumes não vendidos nos supermercados, redistribuindo os produtos com a ajuda de um aplicativo de celular. 

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