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Presidente da Firjan: Lava Jato abala empresários, mas melhora o Brasil

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A avalanche de notícias negativas sobre o Brasil pegou muitos investidores estrangeiros de surpresa. A economia do país despencou e o Brasil tenta retomar a confiança perdida, em meio à recessão, à crise política e informações preocupantes sobre as Olimpíadas no Rio de Janeiro, como a ameaça à segurança do evento. O presidente da Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, esteve em Paris para se encontrar com empresários franceses e mostrar que há razões para otimismo quanto ao futuro do país.

Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro.
Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro. RFI
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Em entrevista à RFI, ele ressalta que os investimentos estrangeiros refletem uma visão estratégica de longo prazo. Mesmo com a crise, o Brasil segue representando um mercado valioso de 200 milhões de consumidores, além de ser rico em recursos naturais, em especial o petróleo.

“Já passou no Senado e agora vai à Câmara retirar a obrigação da Petrobras de estar em todos os leilões. Isso vai fazer com que as empresas estrangeiras se interessem mais por este domínio", disse Vieira, ressaltando o caso da francesa Total que, segundo ele, “está muito interessada” nas perspectivas que se abrirão no país. O presidente da Firjan deu uma palestra na embaixada brasileira sobre “os desafios e oportunidades no Rio de Janeiro”, promovida pela Câmara de Comércio Brasil-França.

Vieira avalia que, apesar do furacão que causou no meio empresarial, a operação Lava Jato passa uma imagem positiva do país, ao forçar uma nova maneira de fazer negócios, mais limpa.

“Afetar, afeta, mas o mais importante é que a cabeça do brasileiro começa a mudar para melhor, para um país mais justo em que ninguém está impune. Nós temos que viver em uma sociedade civilizada em que não pode existir os ganhadores, os espertos, e os outros, os mortais”, comentou. “Tenho certeza de que essa agenda, que é dura e pode trazer incertezas, vai fazer o Brasil sair muito melhor do que entrou, no final.”
 

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