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Economia/ bolsas

Brasil é ameaça à economia em 2016, diz ministro britânico

O ministro britânico das Finanças, George Osborne, advertiu nesta quinta-feira (7) que a economia do Reino Unido enfrenta um "coquetel perigoso de novas ameaças" em 2016, entre elas o Brasil. Osborne avalia que o principal risco, no entanto, são as consequências da desaceleração da economia chinesa.

Ministro britânico das Finanças, George Osborne, vê ameaças externas à economia do Reino Unido.
Ministro britânico das Finanças, George Osborne, vê ameaças externas à economia do Reino Unido. REUTERS/Mike Segar
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"Temos apenas sete dias do novo ano e já tivemos notícias preocupantes sobre quedas das bolsas em todo o mundo, a desaceleração econômica na China, os problemas profundos na Rússia e Brasil", afirmou o ministro, em um discurso para empresários no País de Gales. "O ano passado foi o pior para o crescimento mundial desde 2008 e este ano começa com um coquetel perigoso de ameaças", avaliou Osborne.

O crescimento econômico no Reino Unido foi mais intenso nos últimos meses do que no restante dos países europeus, mas o ministro alertou contra a complacência e disse que o país não está "imune às ameaças externas".

Pregão na China é interrompido pela segunda vez na semana

Nesta quinta-feira, pela segunda vez na semana, os mercados financeiros foram afetados pela instabilidade das bolsas na China, o que alimenta as dúvidas sobre a saúde da economia do país e os impactos de uma crise chinesa no restante do mundo. As autoridades financeiras chinesas decidiram suspender o pregão após uma nova queda de 7%.

Em reação, o governo chinês permitiu que o yuan se desvalorize mais rapidamente. Investidores temem que o gigante asiático possa provocar uma disputa de desvalorização cambial entre seus parceiros comerciais.

Consequências no Brasil

No Brasil, o resultado imediato foi uma nova alta do dólar. Ao meio-dia, a moeda americana era vendida a R$ 4,04, 0,44% a mais do que na véspera, quando já havia subido 0,7%.

"As autoridades chinesas parecem perplexas e, com a falta de transparência, os mercados tendem a reagir com força a qualquer sinal de fraqueza", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.

A China é um dos principais parceiros comerciais do Brasil e serve de referência para investidores em mercados emergentes. O peso mexicano atingiu sua nova mínima histórica em relação ao dólar.

Diante do cenário de incertezas, as bolsas internacionais fecharam no vermelho. Na Ásia, Tóquio encerrou em queda de 2,33% e Hong Kong recuou 3%. Na Europa, a bolsa de Paris teve queda de 1,72%, a de Frankfurt, 2,29%, e a de Londres, 1,96%.

Com informações AFP e Reuters

 

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