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Brasil/Economia

Agência de classificação financeira Fitch reduz nota da dívida soberana do Brasil

A agência de classificação financeira Fitch reduziu nesta quinta-feira (15) a nota da dívida soberana do Brasil de "BBB" para "BBB-", último grau de investimento em seu ranking, depois de medidas semelhantes anunciadas por Standard and Poor's e Moody's. "O rebaixamento da nota reflete o aumento da carga de endividamento público do Brasil, o crescente desafio de consolidação fiscal e uma piora do panorama de crescimento econômico", afirma a Fitch em um comunicado divulgado em Nova York.

Agência de classificação financeira Fitch reduz nota da dívida soberana do Brasil
Agência de classificação financeira Fitch reduz nota da dívida soberana do Brasil REUTERS
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A Fitch acompanhou a decisão com uma "perspectiva negativa", o que significa que não descarta um novo rebaixamento dos títulos da dívida pública do país.

A nota "BBB-" é a última do grau de investimento dentro da classificação da Fitch. Um novo corte deixaria os títulos da dívida soberana do Brasil no patamar especulativo.

Recessão e crise de governabilidade

O Brasil, a sétima maior economia do mundo, enfrenta uma recessão e uma grave crise de governabilidade, com a presidente Dilma Rousseff tentando sobreviver a um gigantesco escândalo de corrupção e pagamento de subornos que envolvem a Petrobras e vários políticos do Partido dos Trabalhadores (PT).

O país, principal economia da América Latina, está no quinto ano de crescimento baixo ou nulo. Analistas esperam uma contração do PIB de 2,44% para o ano. O governo também luta contra o avanço da inflação e do desemprego, assim como a desvalorização do real.

"O difícil ambiente político está obstaculizando progressos na agenda legislativa do governo e criando um círculo de retroalimentação negativo para a economia em geral", afirmou a Fitch, justificando sua decisão.

Incerteza afeta a confiança

"A perspectiva negativa reflete a visão da Fitch de que é possível que persista um desempenho fiscal e econômico abaixo das expectativas enquanto que a incerteza política pode continuar afetando a confiança global, postergando uma mudança de ritmo no investimento e no crescimento e crescentes riscos da consolidação fiscal necessária para estabilizar a dívida a médio prazo", acrescentou.

No dia 9 de setembro, a agência de classificação de risco Standard and Poor's (S&P) reduziu a nota da dívida brasileira à categoria especulativa devido a sua incapacidade de implementar um ajuste fiscal.

Em agosto passado, a Moody's foi a primeira a revisar em queda a nota soberana do Brasil, de "Baa2" a "Baa3", último nível com grau de investimento.

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