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Economia/Aquisição

InBev se aproxima de comprar SABMiller e pode dominar um terço do mercado de cervejas

A cervejaria britânica SABMiller, número dois do mundo no setor de cervejas, anunciou que aceitou a última oferta de compra da líder do setor, a Anheuser-Busch InBev, de capital belga e brasileiro, pelo equivalente a US$ 109 bilhões. Essa é uma das maiores operações de aquisição da história. Após duas semanas de impasse a AB Inbev, do empresário Jorge Paulo Lemann, anunciou que vai pagar 67 dólares a cada ação da SAB Miller, o que eleva o valor da companhia britânica a seu maior patamar histórico.

Logo da AB InBev na sede da companhia em Leuven, na Bélgica
Logo da AB InBev na sede da companhia em Leuven, na Bélgica REUTERS/Francois Lenoir
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Os valores da compra representam uma valorização de 50% em comparação com a cotação do título em 14 de setembro, antes dos boatos sobre uma Oferta Pública de Aquisição, que elevaram o preço. Para obter o acordo, a AB InBev teve que aumentar quatro vezes sua oferta, diante de seguidas recusas da SABMiller.

Divisão

O assédio da InBev dividiu os acionistas da companhia britânica. O acionista majoritário, a fabricante de tabaco norte-americana Altria (proprietária da Marlboro) exercia pressão a favor do negócio. Por outro lado, a família colombiana Santo Domingo, proprietária de 14% do grupo, se opunha.

Se a transação for concretizada, o novo grupo incluirá as marcas de cerveja americana Budweiser e a belga Stella Artois, pertencentes à AB InBev, assim como a italiana Peroni, a tcheca Pilsner Urquell e a holandesa Grolsch, hoje da SABMiller.

Com esta compra bilionária, a AB InBev também abre caminho para negócios na África, particularmente na África do Sul, onde a SABMiller foi fundada há 120 anos. O grupo resultante desta fusão colossal venderia uma a cada três cervejas no mundo, da mexicana Corona à australiana Foster e até a chinesa Snow, a marca mais comercializada do planeta.

Se receber o sinal verde das agências reguladoras, a AB Inbev tem até o dia 28 de outubro para bater o martelo sobre a compra. As ações da companhia subiram 8,52% na abertura da bolsa de Londres, enquanto as da InBev abriram em alta de 2,85% no pregão de Bruxelas.

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