Novo plano da Air France pode demitir quase 3 mil
A direção do grupo Air France avalia que pode eliminar pelo menos 2.900 postos de trabalho nos próximos dois anos, recorrendo até a demissões forçadas, para se adaptar ao plano de desenvolvimento que visa tornar a empresa mais competitiva no mercado. A informação, divulgada por representantes sindicais, não foi confirmada pela empresa.
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Durante reunião de seu Conselho de Administração nesta sexta-feira (2), a direção da maior companhia aérea francesa apresentou um plano prevendo tirar de circulação 14 aviões até o final de 2017 e fechar cinco rotas de voos de longa distância. O projeto, segundo os sindicatos, será eliminar cinco aviões em 2016 e outros nove no ano seguinte. A proposta foi apresentada para consultas, mas sem ser votada.
A intenção da Air France, ainda segundo fontes sindicais, seria suprimir 300 empregos para pilotos, 700 para comissários de bordo e 1.900 para funcionários em solo. A direção não quis comentar os números, mas os detalhes do plano serão divulgados na próxima segunda-feira (5) pelo comitê central da empresa.
Plano para melhorar competitvidade
Na quinta-feira, o Conselho de Administração pediu à direção da Air France adotar um "plano alternativo" ao projeto de desenvolvimento "Perform 2020", que visa preparar a empresa a enfrentar de igual para igual a concorrência, principalmente em relação aos voos de longa distância.
O documento prevê uma redução das atividades e do efetivo da companhia aérea. O plano pode estabelecer pela primeira vez um programa de demissões forçadas na ex-empresa estatal, que ainda tem participação de 17,6% do Estado.
O CEO do grupo Air France-KLM, Alexandre de Juniac, garantiu nesta sexta-feira que vai dar preferência aos pedidos de afastamento voluntário dos funcionários e recorrer às demissões forçadas apenas em casos "excepcionais".
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