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Economia/FMI

Há "razões para se preocupar" com a economia mundial, diz diretora do FMI

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, acendeu um alarme laranja nesta quarta-feira (30) ao declarar que existem "razões para se preocupar" com a economoia mundial, enfraquecida pela desaceleração da China e ameaçada por um "ciclo vicioso" ligado ao aumento iminente da taxa de juros pelo banco central dos Estados Unidos.

A diretora-geral do FMI, Christine Lagarde
A diretora-geral do FMI, Christine Lagarde REUTERS/Jonathan Ernst
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"A perspectiva de alta nos juros americanos e o recuo da atividade econômica chinesa alimentam uma incerteza e impulsionam uma maior volatilidade dos mercados", declarou Lagarde, durante um discurso em Washington. Ela também destacou a "desaceleração líquida" do comércio mundial e a "queda livre", do custo das matérias-primas, que afunda as finanças dos países emergentes que as exportam.

Os progressos econômicos realizados por esses países podem estar "ameaçados", estimou Lagarde, a poucos dias da assembleia anual do FMI em Lima, no Peru. A diretora-geral não adiantou nenhuma informação sobre as previsões mundiais do órgão, que serão publicadas durante a cúpula, mas garantiu que o crescimento econômico global será mais fraco neste ano do que foi em 2014.

Uma "reaceleração modesta" deve acontecer a partir de 2016, impulsionada pelas economias tradicionais. A zona do euro, o Japão, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha devem puxar a volta do crescimento. A má notícia é endereçada aos emergentes "que devem registrar um declínio nas taxas de crescimento pelo quinto ano consecutivo".

Juros nos EUA

Em seu discurso, Lagarde se disse particularmente preocupada com o impacto do aumento das taxas de juros dos Estados Unidos, que se mantêm perto de zero desde 2008. Essa mudança poderia provocar uma fuga de capitais dos países emergentes, conforme os investidores decidam repatriar seus fundos nos Estados Unidos.

Além disso, a medida deve aumentar o dólar, fazendo subir consequentemente a dívida de diversas empresas multinacionais. "Uma alta nos juros e um dólar mais forte poderiam gerar disparidade no câmbio, levando a falências de empresas e a um círculo vicioso entre empresas, bancos e Estados", avaliou Christine Lagarde.

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