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Grécia/ crise

Europeus pedem que gregos votem “sim” no referendo

A seis dias de um referendo na Grécia com consequências imprevisíveis para o país e a Europa, os líderes europeus entraram numa verdadeira campanha para que os gregos votem “sim” à proposta dos credores internacionais, sem a qual Atenas não terá mais financiamento europeu. Os credores se mostraram dispostos a retomar as negociações em vistas a um acordo. O governo grego já anunciou que não vai pagar a dívida com o FMI nesta terça-feira (30), último dia do prazo.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, durante uma sessão parlamentar em Atenas.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, durante uma sessão parlamentar em Atenas. REUTERS/Alkis
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“Um ‘não’ significaria que a Grécia diz ‘não’ à Europa”, afirmou o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. Ele criticou abertamente a administração grega, de esquerda radical, pela qual ele disse ter se sentido “traído”. “Vou pedir abertamente que os gregos votem ‘sim’, porque os gregos orgulhosos de si mesmos e do seu país devem dizer sim à Europa.”

Atenas abandonou a mesa de negociações no sábado (28), ao discordar das condições impostas pelos credores para que o país prolongue o resgate financeiro, que se encerra oficialmente nesta terça-feira. Sem um acordo, a Grécia entrará em situação de calote, ao não conseguir pagar € 1,5 bilhão ao FMI.

Por meio de seu porta-voz, a chanceler alemã, Angela Merkel, declarou que está "evidentemente disposta" a retomar as negociações com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, "se ele desejar", e alertou que "se o euro fracassa, a Europa fracassa". "Se você perde a capacidade de encontrar compromissos, então perde a Europa", disse a chanceler alemã durante um evento pelo 70º aniversário da criação de seu partido, a União Democrata Cristã (CDU).

O presidente francês, François Hollande, afirmou que o referendo grego sobre as propostas dos credores é uma "decisão soberana" que servirá para decidir a permanência do país na Eurozona. " A questão fundamental será saber se os gregos querem permanecer na zona do euro ou se arriscam a sair dela", afirmou Hollande, que também criticou a decisão da Grécia de romper as negociações com os credores. "Lamento esta decisão", disse, antes de destacar que Paris permanece disponível para facilitar o reinício do diálogo entre as partes.

(com informações da Reuters)
 

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