Zona do euro se recusa a prolongar plano de ajuda à Grécia
Os ministros das Finanças da zona do euro rejeitaram neste sábado (27) estender mais uma vez o atual programa de resgate financeiro à Grécia, que expira na terça-feira (30). No mesmo dia, vence uma parcela da dívida grega junto ao FMI. A decisão acontece após o anúncio pelo primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, de um referendo sobre o acordo proposto pelos credores do país, que esquentou as discussões em Bruxelas.
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A extensão do prazo do plano de ajuda "foi rejeitado", indicaram várias fontes à AFP. O governo grego de Alexis Tsipras tinha pedido que o prazo fosse prorrogado para alguns dias após o referendo convocado para 5 de julho. A reunião deste sábado dos ministros das Finanças da zona do euro, a quinta em menos de dez dias, era considerada "crucial" e "decisiva".
A reunião tomou um rumo diferente após o anúncio da consulta popular na Grécia sobre a oferta apresentada por seus credores. O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schaüble, afirmou que Tsipras “colocou fim unilateralmente às negociações” com o FMI, Banco Central Europeu (BCE) e União Europeia. Depois de três horas de reunião, os ministros interromperam o encontro para redigir um comunicado muito crítico a Atenas.
“O plano de ajuda financeira à Grécia termina como previsto na próxima terça-feira à noite devido à recusa do governo grego em aceitar as propostas feitas pelos credores para evitar o calote do país”, declarou o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsseilbloem. Atenas tem até o dia 30 de junho para efetuar o pagamento de uma parcela de € 1,6 bilhão de sua dívida ao FMI. Se não pagar, o calote pode colocar em risco a zona do euro.
Reunião sem a Grécia
A zona do euro voltará a se reunir ainda hoje, mas desta vez sem a presença da Grécia. O ministro grego Yanis Varoufakis não participará do encontro, que visa discutir as consequências de um calote da Grécia para o euro, a moeda única europeia.
O ministro Vatoufakis garantiu que a Grécia “continua buscando um acordo”. A direção do BCE se reúne amanhã (28) também para discutir o tema e evitar um “pânico bancário” no continente.
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