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França/Economia

Areva anuncia que demitirá entre 5 e 6 mil trabalhadores

O grupo nuclear francês Areva vai demitir entre 5 e 6 mil trabalhadores, mais da metade na França. O anúncio foi feito na manhã nesta quinta-feira (7) pela direação da empresa. A medida está prevista em um plano de reestruturação e foi confirmada oficialmente, após uma reunião com as centrais sindicais.

Fachada de fábrica da Areva, em La Hague, no oeste da França.
Fachada de fábrica da Areva, em La Hague, no oeste da França. REUTERS/Benoit Tessier
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A Areva registrou prejuízos de mais de € 5 bilhões no ano passado e anunciou um plano para economizar € 1 bilhão até 2017. O grupo tem 87% de participação estatal e emprega 45 mil pessoas em todo o mundo, sendo 30 mil na França. Mas a direção considera que o volume de negócios de € 8 bilhões registrado no último relatório fiscal é insuficiente para manter uma folha de pagamento estimada entre € 3,5 e € 4 bilhões.

Diálogo social

Em nota, o ministério francês da Economia declarou que espera "um diálogo social exemplar" da parte da companhia. "O governo reconhece a vontade declarada pela direção da Areva de conceber um plano de performance e competitividade que não se limite à redução de custos e pessoal, ainda que essas medidas sejam indispensáveis", afirma o texto, recomendando que as demissões compulsórias sejam evitadas "a todo custo".

De sua parte, a central sindical CGT denunciou o que considera uma "restruturação inaceitável". Em comunicado, as federações de Metalurgia, Minas e Energia da central acusaram o Estado de "sabotar o setor nuclear, satisfazendo uma lógica financista de competitividade, em detrimento de uma lógica industrial que responda às necessidades atuais e futuras". 

De acordo com o diretor de recursos humanos do grupo, François Nogué, os setores mais afetados devem ser o administrativo e corporativo, de forma a conservar a expertise técnica da companhia.

A Areva já havia anunciado a supressão, até 2017, de 1,5 mil postos de trabalho na Alemanha, além da demissão de 170 assalariados de uma mina de urânio no norte do Níger, cujas atividades foram encerradas em agosto do ano passado.

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