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Itália/Milão

Líderes da UE querem diminuir desemprego entre jovens

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, é o anfitrião de um encontro de líderes europeus, nesta quarta-feira (8), em Milão, para discutir meios de combater o desemprego dos jovens na Europa. A situação é dramática para 4,9 milhões de jovens de menos de 25 anos, que não encontram trabalho e representam 23,3% do total de desempregados no continente.

Manifestantes jogam ovos em cartaz do primeiro-ministro Matteo Renzi, que propõe uma flexibilização da legislação trabalhista na Itália.
Manifestantes jogam ovos em cartaz do primeiro-ministro Matteo Renzi, que propõe uma flexibilização da legislação trabalhista na Itália. REUTERS/Stefano Rellandini
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Esta é a terceira reunião sobre o tema em um ano e meio. A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, participam das discussões em Milão, mas o premiê britânico David Cameron ficou de fora. Para a maioria dos analistas, a cúpula será mais uma ocasião para os europeus exibirem suas divergências sobre a melhor receita para superar a crise no bloco.

Os resultados da cúpula são incertos. No ano passado, a Comissão Europeia criou um programa de 6 bilhões de euros, distribuídos em dois anos, para garantir que nenhum jovem europeu ficasse mais de quatro meses sem receber uma proposta de emprego, treinamento ou estágio. França e Itália foram os primeiros países do bloco a receber sua fatia de recursos, mas o esforço não deu os resultados esperados.

Hoje, em Milão, Hollande vai defender mais agilidade na aplicação da verba europeia. A crise é realmente dramática. Na França, o desemprego atinge 25% dos jovens com menos de 25 anos. Na Itália, a situação é ainda pior, com 44% de desempregados nessa faixa etária.

O Senado italiano votará amanhã uma ampla reforma do mercado de trabalho, que flexibiliza as regras de contratação. A reforma é considerada uma peça-chave para a recuperação do país. Também é vista como uma proposta corajosa do primeiro-ministro Renzi, que enfrentou as resistências internas para dar uma nova dinâmica ao mercado de trabalho.

Déficit francês gera tensões

A situação da França gera tensão nos debates em Milão. O governo Hollande não tem cumprido as metas de ajuste nas contas públicas, enquanto na Itália, Renzi faz a lição de casa e é aplaudido por Merkel.

Assim como Hollande, Renzi cobra menos austeridade e mais crescimento − única forma de criar empregos em massa −, mas não descuida dos ajustes nos gastos públicos. Nesse contexto, a França é o mau aluno da Europa e irrita os parceiros pela lentidão em se modernizar.

A França vai estourar as metas de déficit público em 2014 (4,4%) e 2015 (4,3%, segundo as previsões). Fontes do jornal Le Figaro afirmam, hoje, que a Comissão Europeia vai pedir ao país um corte de 8 bilhões de euros no orçamento de 2015 ou um aumento de arrecadação do mesmo montante para limitar seu déficit.

 

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