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Economia/ desemprego

Desemprego prolongado vai continuar nos países desenvolvidos, diz OCDE

O desemprego de longa duração deve permanecer nas principais economias desenvolvidas, de acordo com um relatório divulgado nesta quarta-feira (3) pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Apesar de ter registrado uma queda, o desemprego prolongado ainda ameaça o retorno do crescimento econômico e deveria ser tratado como prioridade pelos países, de acordo com a entidade.

Desempregados fazem fila em uma agência de empregos em Atenas.
Desempregados fazem fila em uma agência de empregos em Atenas. REUTERS/Yorgos Karahalis
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A organização observa que houve uma queda "limitada, mas bem-vinda do desemprego". A taxa média nos países-membros da organização, que se situava em 8% no final de 2012, caiu para 7,4% em maio de 2014. O índice, no entanto, permanece 1,8% acima do registrado antes da crise internacional.

No primeiro trimestre do ano, 16,3 milhões de pessoas estavam desempregadas há mais de um ano, o equivalente a um terço das pessoas sem emprego nos países-membros da organização. O número de desempregados de longa duração quase dobrou desde 2007, conforme o relatório anual "Perspectivas do Emprego".

Nos Estados Unidos, por exemplo, a quantidade de pessoas sem emprego durante mais de um ano aumentou de 10%, em 2007, para 25,9%, em 2013. Na Espanha, Islândia ou na Nova Zelândia, o índice também dobrou no período. Porém é na Grécia que a situação é mais grave: 67,5% dos desempregados estão sem trabalho há mais de 12 meses. Índices semelhantes são encontrados na Irlanda (60,6%), Itália (56,9%) e Portugal (56,3%), países duramente afetados pela crise.

“Nós só fizemos a metade do nosso dever de casa”, destacou o secretário-geral da organização, Angel Gurría, no lançamento do estudo, nesta manhã.

Futuro difícil

A OCDE também considera que a recuperação econômica desde o ano passado, com 1,3% de crescimento, "é muito frágil para gerar uma melhoria sensível do emprego". A organização antecipa que o número de pessoas sem emprego vai continuar diminuindo, mas a queda vai se limitar a 7,1% de desempregados, no último trimestre de 2015.

O estudo é publicado a uma semana da reunião de ministros do Trabalho do G20 em Melbourne, na Austrália. A OCDE analisa o desempenho dos 34 países mais desenvolvidos do planeta, e inclui Estados Unidos, a União Europeia, Austrália, Japão, México, Chile e Turquia. Brasil, China e Índia não fazem parte da organização.
 

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