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Economia mundial

Número de milionários no mundo deve explodir em 2014

O número de milionários no mundo deve explodir em 2014, de acordo com um levantamento da consultoria americana WeathInsight. Somente nos Estados Unidos, quase 500 mil pessoas devem fazer parte do seleto grupo de afortunados, o que significa 1.360 por dia. O Brasil também deve registrar alta de 8,9%, conforme o estudo, encomendado pela revista Spear.

Indonésia é o país que mais vai ter aumento do número de milionários em 2014, segundo consultoria.
Indonésia é o país que mais vai ter aumento do número de milionários em 2014, segundo consultoria. Flickr/ Creative Commons
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De acordo com os analistas, o retorno da alta nas bolsas americanas, europeias e japonesa é o principal fator para explicar o fenômeno. Também a política econômica dos Estados Unidos e do Japão, de estimular a economia, favorece o cenário internacional para o surgimento de mais milionários.

Apesar do crescimento menos intenso em 2013, os países emergentes dominam o topo do ranking da WeathInsight. O que mais vai engordar a lista dos ricos é a Indonésia, que terá uma alta de 22,6%, com 8.360 novos milionários.

“A Indonésia tira proveito da sua proximidade com a segunda economia mundial, a China. Devido à demanda crescente chinesa por matérias-primas, o país se beneficia, por exemplo, ao fornecer carvão”, observa Ouliana Vlasova, analista do escritório. “O setor de commodities vai criar um número recorde de milionários, que representam 37% do total.”

Emergentes na dianteira

Em seguida, aparecem Índia (17,1%), Nigéria (10%) e Estados Unidos (9,5%). O Brasil ocupa a quinta posição, com 8,9% de milionários a mais, somando 17.290 estreantes neste grupo. A China fica em sétimo, com 7,9% a mais, o equivalente a 101.100 novos milionários.

Oliver Williams, consultor da WealthInsight, destaca “a emergência de uma nova classe de ricos nos países denominados MINT (México, Indonésia, Nigéria e Turquia), que cresce de maneira muito rápida”. “Esta grande riqueza nestes países lembra os Brics há 10 ou 15 anos. A única diferença é que os milionários mexicanos, turcos, nigerianos ou indonésios são muito mais jovens”, afirma.

Desigualdades persistem

O consultor adverte, entretanto, para o risco de os novos emergentes negligenciarem as desigualdades sociais. “Muitos países, como a Nigéria, viram a pobreza aumentar ao mesmo tempo em que o número de milionários subiu. A desigualdade é uma marca dos países BRICS, que poderia se repetir nos MINT”, alerta.

Já a França terá um crescimento menos intenso do número de ricos: com alta de 2% (11.100 pessoas), terá um desempenho cinco vezes inferior ao da Alemanha, que terá 3,9% milionários a mais (51.720 pessoas).
 

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