Portugal aprova orçamento 2014 sob protestos
O Parlamento português aprovou nesta sexta-feira seu delicado orçamento para 2014, enquanto milhares de manifestantes vão às ruas do país para pedir a saída do governo.
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Os deputados da coalizão do governo de centro-direita, que formam a maioria com 132 das 230 cadeiras, puderam adotar o texto em primeira leitura. A versão definitiva da Lei de Finanças portuguesa para o próximo ano, que prevê economias e receitas suplementares de 3,9 bilhões de euros, equivalente a 2,3% do PIB do país, será votada no dia 26 de novembro.
Os manifestantes, que tomaram o cruzamento nas proximidades da Assembleia, na capital Lisboa, agitam faixas com os dizeres: "Governo fora da lei", "o orçamento é um roubo". Reunidos graças à mobilização organizada pela CGTP, principal central sindical do país, eles pedem o fim da política de austeridade exigida pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Central Europeu (BCE) e a União Europeia.
A população denuncia os cortes nos salários e aposentadorias de funcionários e também nos orçamentos da Saúde e da Educação para atender às exigências dos credores.
De acordo com o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, os sacrifícios previstos no orçamento são a "chave" para permitir que Portugal conclua até junho de 2014 seu programa de reformas. Tal plano econômico havia sido negociado com a troika em maio de 2011, em troca de uma ajuda financeira no valor de 78 bilhões de euros. Para evitar um novo empréstimo, Portugal precisa reconquistar a confiança dos investidores estrangeiros para poder financiar sua dívida no mercado.
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