Estudo aponta queda no mercado mundial de luxo
Um estudo italiano concluiu que o mercado mundial do luxo deve registrar uma forte queda de crescimento em 2013, após um período de “supercrescimento”. A queda do yen chinês é apontada como a principal razão para a desaceleração no setor.
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A pesquisa da consultoria Bain & Company, realizada para a Fundação Altagamma, que reúne os maiores nomes do luxo italiano, prevê um aumento das receitas do luxo de 2% neste ano (217 bilhões de euros), contra 10% no ano passado. Em maio, as perspectivas eram de alta de entre 4 e 5%.
O estudo foi publicado hoje em Milão (Itália) e atribui a queda à “crise persistente na Europa e a virada da situação na China, que passou de uma fase de forte expansão para a consolidação das suas posições”, diz a consultoria. A isto, acrescenta-se o “impacto significativo” das variações de câmbio: a índices constantes, o mercado mundial aumentaria 6%.
“O supercrescimento dos últimos anos estava destinado a se acalmar”, explicou Claudia D'Arpizio, autora do estudo. “O aspecto positivo para as marcas é que agora elas poderão concentrar suas atenções no planejamento para o futuro.”
A pesquisa mostra que a região “Américas” deve se mostrar mais dinâmica do que a China, com crescimento de 4% (69 bilhões de euros), contra 2,2% para a China. O fenômeno se explica pela abertura de várias lojas de luxo em cidades menores dos Estados Unidos, aliada à explosão do turismo de chineses no oeste do país.
Na Europa, o mercado deve crescer 2% (74 bilhões de euros), com um aumento das compras de turistas que deve compensar a ausência de clientes europeus.
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