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Radar econômico

Situação no Chipre reabre incertezas em países europeus em crise

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A situação do Chipre colocou a Europa mais uma vez sob o temor de uma recaída grave na crise econômica. Em troca de um empréstimo de 10 bilhões de euros, obtido a duras penas pelas lideranças europeias na madrugada de segunda-feira, o país vai fechar o seu segundo maior banco, onde se multiplicavam operações de lavagem de dinheiro e depósitos com caráter de paraíso fiscal. As contas com mais de 100 mil euros sofrerão pesadas taxas, mas pelo menos os cidadãos cipriotas escaparam de serem penalizados como um todo.

Centenas de pessoas manifestaram-se em Nicósia, capital do Chipre, contra plano de resgaste.
Centenas de pessoas manifestaram-se em Nicósia, capital do Chipre, contra plano de resgaste. REUTERS/Yannis Behrakis
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Essa intervenção nas contas bancárias pegou mal, muito mal para a Europa, causando temores de que os países que recebem ajuda financeira, como Grécia ou Portugal, possam ver as regras do jogo mudadas no futuro. Sandro Mendonça, professor do ISCTE, do Instituto Universitário de Lisboa, acha que as soluções europeias para a crise são cada vez menos confiáveis.

O economista Michel Aglietta, do Centro de Estudos Prospectivos e de Informações Internacionais, até agora não conseguiu entender a decisão dos europeus, na semana passada, de querer aplicar taxas em todas as contas correntes. A medida acabou não passando no Parlamento cipriota, mas isso não é suficiente para limpar a imagem da Europa.

 

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