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Grécia/ crise

Premiê grego volta a ameaçar possível saída do país do euro

O primeiro-ministro grego, o conservador Antonis Samaras, voltou hoje a ameaçar uma possível saída do país da zona do euro caso o Parlamento não aprove as novas medidas de austeridade exigidas pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) e pela UE (União Europeia). O Parlamento deve votar na quarta-feira uma lei de cortes orçamentários, prevendo economias de mais de 18 bilhões de euros, e no domingo o projeto de orçamento para 2013.

Premiê Antonis Samaras fala para deputados conservadores, neste domingo.
Premiê Antonis Samaras fala para deputados conservadores, neste domingo. REUTERS/John Kolesidis
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Samaras destacou que a aprovação das duas leis são a condição para que a Grécia “termine definitiva e irrevogavelmente” com o perigo de ter de voltar a usar o dracma, a antiga moeda nacional antes da adoção do euro. Os sindicatos gregos organizam, entretanto, uma greve geral na terça e na quarta-feiras para protestar contra os projetos de lei.

"Temos que salvar o país da catástrofe. Se não conseguirmos permanecer na zona do euro, nada mais fará sentido", disse, diante de parlamentares conservadores. “Até que a nossa pátria saia da crise, nós estaremos infelizmente confrontados a duas escolhas: uma muito difícil e a outra, catastrófica.”

Em troca do aperto nas contas públicas até 2016, o país espera receber mais fundos além dos 31,5 bilhões de euros congelados desde junho e sem os quais a Grécia pode não conseguir mais honrar seus compromissos financeiros a partir da metade desde mês, indicou o premiê. Samaras destacou que este dinheiro vai injetar liquidez na economia grega, em recessão há cinco anos.

Na quinta, uma fonte do governo alemão disse que vários assuntos estavam pendentes com a troika – os credores da Grécia, formada por UE, FMI e Banco Central Europeu – e sem uma solução, mais recursos podem não ser repassados à Grécia.

O partido Dimar, que tem 16 deputados, já avisou que vai votar contra os projetos de lei por discordar da falta de regulação dos mercados financeiros expressa no texto. Pelos menos cinco representantes socialistas também devem bloquear a proposta. Essa situação vai fazer com que uma fraca maioria de 154 a 159 parlamentares aprove o projeto, de um total de 300 deputados.
 

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