Crise e pressão dos mercados financeiros ameaçam modelo social europeu
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A tensão social provocada pelas medidas de austeridade adotadas em vários países europeus em crise têm aumentado nas últimas semanas. Espanhóis, portugueses, gregos e agora franceses têm ido às ruas para pedir um alívio do aperto econômico e a manutenção dos direitos sociais conquistados. Se por um lado, a assistência do Estado à população é um dos grandes diferenciais da Europa em relação a economias mais liberais, por outro é uma das causas do endividamento dos países.
Por isso, o Estado de bem estar social está na mira dos mercados financeiros, que têm todo o interesse em ver o peso do governo diminuir na economia, como analisa o economista Henri Sterdyniac, especialista em política orçamentária e social na Europa no Instituto de Estudos Políticos de Paris, a Sciences Po. O objetivo de redução do déficit dos Estados europeus para 3% do PIB, um dos principais pontos do pacto fiscal europeu, têm levantado críticas não apenas de sindicatos como de muitos analistas, como Sterdyniac e também o economista português Ricardo Cabral, da Universidade da Madeira.
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