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Radar econômico

Bulgária se une a países que não querem mais adotar euro

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A demora dos países da zona do euro a resolverem a crise tem feito muito europeu do leste pensar que quem ri por último vai acabar rindo melhor. O que antes era uma promessa de estabilidade e segurança, hoje suscita cada vez mais dúvidas: será que vale mesmo a pena adotar a moeda única europeia? Recentemente, o primeiro-ministro do país mais pobre da União Europeia, a Bulgária, disse que não via nenhuma vantagem em entrar para a zona do euro, alegando que a crise tornou o bloco uma aposta arriscada demais.

Boiko Borisov, primeiro-ministro da Bulgária
Boiko Borisov, primeiro-ministro da Bulgária REUTERS/Baz Ratner
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A Bulgária, que já reuniu todas as condições necessárias para adotar a moeda, registrou 1,7% de crescimento no ano passado, uma performance difícil de se encontrar entre os 17 países que usam o euro. Desfrutando de uma moeda forte, o lev, o premiê Boiko Borissov conseguiu reduzir o déficit para 2,1% do PIB nacional, enquanto economias fortes como a francesa fazem de tudo para derrubar, a médio prazo, o déficit para 3%, a meta europeia.

O ceticismo face ao euro une os búlgaros a vizinhos como a Polônia, a Lituânia e a Letônia, que anunciaram ter deixado para segundo plano o projeto de se unir ao euro. Enquanto isso, a Dinamarca e a Grã-Bretanha não dão nenhum sinal de que mudarão de ideia na decisão de não adotar a moeda. Na mão oposta, outros como a Estônia, a Eslovênia e a Eslováquia formalizaram a entrada no bloco logo depois do início da crise, entre 2007 e 2009, graças ao esforço das lideranças europeias em garantir que a moeda permanece estável. Ouça Pierre Verluise, especialista em Europa oriental e aumento das fronteiras da União Europeia do Instituto de Relações Internacionais e Estratégicas.

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