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Espanha/ crise

Premiê espanhol não descarta pedido de ajuda financeira

O chefe do governo espanhol, o conservador Mariano Rajoy, não excluiu hoje a possibilidade de o país acabar pedindo uma ajuda financeira para conseguir pagar suas dívidas. Perguntado sobre o assunto, Rajoy desconversou e disse que suas decisões serão pelos interesses do povo espanhol.

Premiê espanhol, Mariano Rajoy, concedeu uma coletiva de imprensa nesta sexta.
Premiê espanhol, Mariano Rajoy, concedeu uma coletiva de imprensa nesta sexta. REUTERS/Susana Vera
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“Eu farei, como sempre fiz, o que eu achar que será no interesse do povo espanhol”, declarou, em uma coletiva de imprensa após a reunião do conselho de ministros esta sexta-feira. “Nós ainda não sabemos que medidas serão estas”, comentou, em referência às afirmações do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, que ontem disse cogitar “medidas não convencionais” para salvar o euro.

O premiê apontou que seu país vai estudar as medidas propostas pelo banco central para solucionar a crise da dívida na zona do euro antes de decidir sobre um eventual pedido de ajuda. "O que quero é conhecer quais são estas medidas, o que significam, se são adequadas. Conforme as circunstâncias, tomaremos uma ou outra decisão", afirmou.

Na terça-feira, ao lado do primeiro-ministro italiano, Mario Monti, Rajoy tergiversou três vezes às perguntas sobre um eventual pedido de ajuda financeira à União Europeia e sobre uma ação conjunta do BCE e dos fundos europeus para abaixar os juros impostos aos empréstimos espanhóis. Hoje, o governante espanhol reiterou que está ficando cada vez mais difícil para o Estado refinanciar suas dívidas. "O maior problema para o nosso país é que nós devemos bastante e temos que pagar todo esse dinheiro e, agora, está muito difícil para qualquer um nos emprestar ou refinanciar as dívidas que temos", disse ele.

Na quinta-feira, a Espanha pagou a segunda maior taxa de juros desde o lançamento do euro em 1999, acima de 7%, em um leilão de títulos de dez anos. Este é mais um sinal de que os investidores mostram-se cada vez mais preocupados de que o país pode ter que pedir um resgate soberano.
 

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