Mariano Rajoy defende plano de resgate aos bancos
Em uma sessão de sabatina no Parlamento espanhol, o premiê Mariano Rajoy defendeu o pacote para os bancos espanhóis. Para o chefe do governo, a ajuda dos parceiros da União Europeia é motivo de "comemoração".
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O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, foi convocado hoje pelos deputados para dar explicações sobre o plano de salvamento dos bancos espanhóis. Rajoy, aliás, é contra esse termo. Na sua avaliação, foi uma ajuda financeira europeia e não um resgate. Para oposição, pouco importa o nome dado à operação, o que eles desejavam esclarecer é qual o verdaderio estado do sistema financeiro espanhol e quais as condições do pacote de salvamento.
Em declarações ao Congresso, ele defendeu aajuda europeia e declarou que "todos países apoiaram" seus bancos ao longo desta crise. Ele disse também que os bancos espanhóis serão os responsáveis pelo reembolso do empréstimo.
O premiê espanhol também fez um diagnóstico da crise econômica espanhola. Para ele, além da crise externa, a Espanha também é vítima de seus próprios erros tem graves problemas internos como a falta de competitividade e de flexibilidade. A administrações regionais e mesmo as famílias também gastaram muito mais do que podiam, ressaltou. Rajoy insistiu que vai continuar o calendário de reformas estruturais para reduzir o déficit e fazer a Espanha voltar a crescer. "Vou tomar decisões que acredito serão boas para recuperar o crescimento".
Os críticos do premiê, porém, ainda não estão satisfeitos. Uma petição popular com 135 mil assinaturas foi encaminhada a Rajoy exigindo a instauração de uma comissão parlamentar de inquérito para investigar as fraudes no banco Bankia. Ontem, porém, o projeto de abertura de uma CPI da crise financeira foi rejetado pela maioria de direita da câmara dos deputados.
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