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Sistema financeiro

Bancos centrais anunciam medidas para evitar crise de liquidez

Os bancos centrais das maiores economias mundiais, entre eles o BC Europeu e o FED dos Estados Unidos, informaram nesta quarta-feira que tomarão medidas coordenadas para impedir a falta de liquidez no sistema financeiro global face à crise. O anúncio fez as bolsas europeias e americanas subirem.

O ministro das Finanças da França, François Baroin, o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, o presidente do Banco de Investimento Europeu, Philippe Maystadt, e o premiê italiano, Mario Monti, durante encontro em Bruxelas nesta quarta-feira.
O ministro das Finanças da França, François Baroin, o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, o presidente do Banco de Investimento Europeu, Philippe Maystadt, e o premiê italiano, Mario Monti, durante encontro em Bruxelas nesta quarta-feira. REUTERS/Yves Herman
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"O objetivo das ações é acalmar as tensões nos mercados financeiros e minimizar os efeitos de tais apertos para a oferta de crédito pessoal e para empresas, encorajando dessa forma a atividade econômica", diz o comunicado assinado pelo Federal Reserve (FED), o Banco Central Europeu (BCE) e os bancos centrais de Canadá, Grã-Bretanha, Japão e Suíça.

Entre as medidas, as instituições concordaram em reduzir o custo das linhas existentes de intercâmbios de divisas de dólar (swap) em 0,5% a partir de 5 de dezembro até fevereiro de 2013. Além disso, os bancos centrais europeu, britânico, japonês e suíço continuarão oferecendo empréstimos em dólares com prazo de três meses.

Também será possível para os bancos centrais realizarem entre eles operações em moedas locais e não apenas em dólar. Desta forma, o Banco Central Europeu, por exemplo, poderá fornecer moedas como o iene japonês, o franco suíço ou o dólar canadense aos estabelecimentos financeiros da zona do euro.

Alívio para a zona do euro

Os bancos centrais das grandes economias mundiais já tinham agido de forma parecida durante a crise financeira de 2008 e mais recentemente no mês de setembro. Neste meio tempo, a crise da dívida no bloco europeu piorou e ameaça não só esses países como toda a economia mundial.

Para o setor bancário, o resultado negativo se traduz em uma perda de confiança generalizada, levando as instituições financeiras a suspender empréstimos entre si e também os créditos pessoais e a empresas. Com isso, há uma perda de velocidade nas atividades econômicas, aumentando os riscos de recessão, o que cria um círculo vicioso.

As medidas anunciadas nesta quarta-feira provocaram um certo alívio aos países da zona do euro, que aguardam para os próximos dez dias medidas eficazes antes da cúpula europeia dos dias 8 e 9 de dezembro, em Bruxelas.

Nos Estados Unidos, o FED observou que os bancos não estão tendo dificuldade neste momento para obter financiamento de curto prazo. Porém, se as condições piorarem, o banco americano informou que tem "uma série de ferramentas disponíveis" para usar como suporte e que elas serão utilizadas de acordo com o necessário.

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