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Rendez-vous cultural

Exposição exibe mais de 150 tesouros do faraó Tutancâmon em Paris

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Para celebrar o centenário da descoberta do túmulo do faraó Tutancâmon, uma grande exposição abre no sábado (23) na Grande Halle da Villette, em Paris, apresentada pelo Ministério egípcio das Antiguidades e em parceria com o Museu do Louvre. "Tutancâmon - O Tesouro do Faraó" traz uma seleção de mais de 150 objetos originais recuperados na tumba do mais célebre rei do Antigo Egito, entre eles, 50 artefatos que jamais haviam deixado o país.

Exposição "Tutancâmon - O Tesouro do Faraó", no Grande Hall da Villette, em Paris.
Exposição "Tutancâmon - O Tesouro do Faraó", no Grande Hall da Villette, em Paris. Captura de vídeo vimeo
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A exposição leva os visitantes à imersão no universo de Tutancâmon, um dos últimos reis da décima oitava dinastia do Egito. São joias, esculturas, utensílios e objetos sagrados do reinado entre 1.332 e 1323 antes de Cristo.

"É a única tumba de faraó que foi descoberta intacta no Egito. Além disso, a exposição apresenta, pela primeira vez, objetos fascinantes que mostram o mundo de Tutancâmon. Não consideramos esses artefatos como um tesouro apenas porque muitos são feitos de ouro, mas devido à arte e a perfeição deles. Acredito que cada uma dessas peças que exibimos aqui hoje foi feita por amor e paixão", afirma o comissário da exposição, Tarek El Awady.

"Tutancâmon - O Tesouro do Faraó" deve passar ainda por uma dezena de metrópoles ao redor do mundo antes de voltar para casa, o Grande Museu do Egito. O espaço deve abrir as portas daqui a dois anos, na periferia da capital Cairo.

"Queremos celebrar os cem anos da descoberta da tumba deste faraó. Além de enviar uma mensagem para todo o mundo de que o Egito está quase pronto para abrir uma nova casa para o rei Tutancâmon. Convidamos todos para irem conhecê-lo", reitera El Awady.

Mistérios de Tutancâmon

Até hoje, os historiadores conseguiram desvendar poucos detalhes sobre a vida de Tutancâmon. Nascido em 1340 antes de Cristo, tornou-se faraó ainda na infância, com oito ou nove anos. Aos doze anos se casou com a irmã, Ankhesenamon. Mas nenhum dos filhos casal sobreviveu.

Um grande mistério gira em torno da morte de Tutancâmon, aos 18 ou 19 anos, cujas hipóteses se baseiam em um assassinato ou em uma infecção na perna esquerda causada por malária. O faraó foi sepultado no célebre Vale dos Reis, em Luxor, no sul do Egito, onde permaneceu durante cerca de 3.300 anos, até a descoberta de seu túmulo pelo arqueólogo britânico Howard Carter, em novembro de 1922.

Exposição deve atrair milhares de visitantes

A história do Egito Antigo acumula fãs inveterados pelo mundo inteiro e na França não é diferente. Em 1967, a exposição "Tutancâmon e seu tempo" atraiu mais de 1,2 milhão de pessoas ao Petit Palais, em Paris. A expectativa pela atual exposição na Villette é imensa. Antes mesmo da abertura da mostra, mais de 30 mil pessoas já haviam reservado seus ingressos.

O arqueólogo egípcio Zahi Hawass já havia apreciado alguns desses objetos em outras exposições pelo mundo, mas contou à RFI que ficou impressionado com "Tutancâmon - O Tesouro do Faraó" em Paris.

"O amor dos franceses pelo Egito e por Tutancâmon deixou essa exposição incrível. Quando entrei e vi como os objetos estão expostos, fiquei muito impressionado. Acho que essa exposição vai conquistar o coração do público porque Tutancâmon não vinha a Paris há mais de 50 anos. E essa volta do faraó se mostra maravilhosa. Acredito que ao menos um milhão de pessoas devem vir presenciar essa exposição", afirma.

"Tutancâmon - O Tesouro do Faraó" fica em cartaz até 15 de setembro na Grande Halle da Villette, 19° distrito de Paris.

* Com colaboração das repórteres Maria Carolina Piña e Sara Tisseyre 

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