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Brasil/Bolsonaro

Brasil está em "estado de choque" depois de agressão a Bolsonaro, destaca imprensa europeia

Toda a mídia europeia repercute nesta sexta-feira (7) o ataque ao candidato do PSL à presidência Jair Bolsonaro. Para o The Guardian, agressão pode reforçar discurso do candidato de que país está mergulhado no caos.

Jornais europeus repercutem o ataque ao candidato da extrema-direita à presidência, Jair Bolsonaro.
Jornais europeus repercutem o ataque ao candidato da extrema-direita à presidência, Jair Bolsonaro. Raysa LEITE / AFP/ Fotomontagem RFI
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O Le Monde destaca que o Brasil está em estado de choque com a agressão. O suspeito, um homem de 40 anos, foi preso pela polícia e teria agido sob a ordem de Deus, segundo a polícia. “Ainda não sabemos quais foram suas verdadeiras motivações, mas pessoas próximas de Jair Bolsonaro afirmam que o agressor é um ativista da esquerda, afiliado do PSOL entre 2007 e 2014", escreve o jornal francês.

O Le Monde também destaca as reações do PSL. "Agora é a guerra", disse o presidente do partido, Gustavo Bebianno, à imprensa brasileira. Já o deputado do PSL Major Olímpio afirmou que se o ataque tem motivações políticas "é extremamente grave".

O Le Monde avalia que os danos políticos do ataque são "incalculáveis". O incidente "poderia radicalizar ainda mais os militantes da extrema-direita que fizeram da esquerda seu pior inimigo e reforçar ainda mais as tensões em um país abalado pela crise e em frangalhos depois da polêmica destituição da presidente Dilma Rousseff", publica o jornal.

Agressão pode fortalecer discurso do candidato

O ataque a Bolsonaro está em destaque no site do jornal britânico The Guardian. O diário escreve que depois de o filho do candidato, Flavio, ter declarado que as lesões foram superficiais, ele informou horas depois nas redes sociais que a lesão foi séria e que Bolsonaro chegou quase morto ao hospital.

O jornal se preocupa com a interferência do incidente na campanha eleitoral. Especialistas entrevistados pelo The Guardian temem que a agressão possa fortalecer discurso de Bolsonaro que o Brasil está mergulhado no caos e precisa de uma mão firme para liderá-lo.

O correspondente do jornal El Pais no Brasil escreve que o ataque é um dos dias mais desagradáveis "de uma campanha marcada pela violência e o ódio que Bolsonaro alimentava. "O ultradireitista, famoso por sua nostalgia pela ditadura, por sua filosofia que 'bandido bom é bandido morto', por seu plano de legalizar as armas em um dos países mais violentos do mundo" (...) "ameaçava fuzilar os membros do Partido dos Trabalhadores", publica.

Repúdio da classe política

O jornal português Público destaca as reações de repúdio da classe política à agressão. Como Fernando Haddad, do PT, que classificou o incidente como "uma vergonha". Já Ciro Gomes exigiu que as autoridades identifiquem e punam os responsáveis pelo que classificou de "barbárie". O presidente Michel Temer, que, em cerimônia no Palácio do Planalto afirmou que "é intolerável viver em um estado democrático de direito em que não haja possilidade de uma campanha tranquila".

 

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