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A Semana na Imprensa

Paulo Coelho conta sua "fase hippie" em revista francesa

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A revista de fim de semana do jornal Aujourd’hui en France traz uma reportagem de cinco páginas sobre o escritor brasileiro Paulo Coelho. O autor, que lança nesse momento na França o livro Hippie, falou sobre a fase de sua vida que inspirou o processo de criação da obra autobiográfica.

Paulo Coelho fala de sua juventude na reportagem intitulada “Quando eu era hippie”
Paulo Coelho fala de sua juventude na reportagem intitulada “Quando eu era hippie” Reprodução/Aujourd'hui en France
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Com o título “Quando eu era hippie”, a reportagem aborda a juventude do escritor, que deixou o Brasil nos anos 1970 para conhecer o mundo. O texto lembra que Paulo Coelho nunca tinha tratado esse período de sua vida em seus livros, até o lançamento desse novo projeto no qual ele conta, de forma romântica, sua viagem “de Amsterdã a Istambul, a bordo de um Magic Bus, nome dado aos ônibus que levavam os hippies até Katmandu, no Nepal, passando por Irã, Afeganistão e Índia”.

A jornalista encontrou o autor em Genebra, onde ele vive há anos com sua mulher, Christina Oiticica. Durante a entrevista, realizada em uma mistura de fundação e museu criado em homenagem a Coelho, mas que ainda não foi aberto ao público, o brasileiro retraça uma parte dessa aventura, comentando algumas fotos expostas no local. A reportagem mostra imagens do autor em Amsterdã, meditando na rota para Istambul, mas também uma fotografia do seu prontuário de prisão no Brasil, durante a ditadura militar.

“Nós, os hippies, éramos mal vistos. Representávamos uma ameaça para a sociedade e os bons costumes. Um risco de perversão para toda uma geração”, comenta Coelho, relembrando o momento em que esses jovens eram associados à droga, à sexualidade desenfreada e ao amor livre. Segundo ele, naquela época ninguém os compreendia, pois viviam seguindo suas próprias regras. “O que nos ligava era o fato de recusarmos a sociedade de consumo, e querermos uma vida não convencional, sem violência, baseada na simplicidade”, explica o autor.

A reportagem traz ainda um desenho de Christina Oiticica que reproduz a trajetória feita por Coelho durante essa viagem. “Na Holanda experimentei todo tipo de drogas, entre elas, o LSD e a cocaína, que é a droga do demônio capitalista”, conta o brasileiro que atravessou boa parte do mundo praticamente sem dinheiro.

A reportagem termina com um resumo da carreira do autor, batizada pela revista de “império de ouro de Paulo”, com mais de 200 milhões de livros vendidos no mundo e traduções em 170 países. Mas lembra que o sucesso não veio imediatamente. Quando foi lançado, “O Alquimista vendeu cerca de mil exemplares no Brasil”, conta o texto. Mas, em 1994, a editora francesa Anne Carrière comprou os direitos da obra e lançou o livro na França, dando início ao fenômeno Coelho”, resume. Em seguida, “O Alquimista teve 150 milhões de exemplares vendidos e foi recompensado com 115 prêmios internacionais”, conclui a reportagem da revista de fim de semana do jornal francês Aujourd’hui en France.

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