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Primavera Literária Brasileira traz 50 autores à Europa e aos EUA

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O evento começou há cinco anos, como uma interação entre autores brasileiros e alunos de Leonardo Tonus, professor de literatura brasileira na Universidade Sorbonne, em Paris. Hoje são mais de 50 escritores e escritoras que vão participar de encontros na Europa e Estados Unidos.

O professor de Literatura brasileira na Universidade Paris-Sorbonne, Leonardo Tonus.
O professor de Literatura brasileira na Universidade Paris-Sorbonne, Leonardo Tonus. RFI
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“Além de Paris e outras cidades francesas, nós estaremos na Bélgica e no Luxemburgo, este último um espaço novo, com uma grande presença de luso-falantes. No mês de abril, iremos para os Estados Unidos, onde vamos visitar cinco estados. Depois, seguimos para a Alemanha, finalizando na Grécia, com um encontro no dia da Língua Portuguesa com o autor Marcílio França, que vai falar sobre a questão da língua portuguesa e da literatura brasileira”, relata Leonardo Tonus.

Entre os destaques da Primavera este ano, estão Julián Fucks (que está lançando na França “Ni partir ni rester”, tradução de “A Resistência”, prêmio Jabuti, pelas éditions Grasset), a filósofa Marcia Tiburi, além da presença de autores portugueses por conta de uma parceria com o Instituto Camões.

Adriana Calcanhoto, que atualmente leciona na Universidade de Coimbra, também estará em Paris. Ela participa de um debate na Sorbonne e de uma palestra no Salão do Livro de Paris. Tonus lembra que a Primavera Literária tem sempre o cuidado de trazer não só nomes consagrados, mas jovens autores também.

Interação entre escritores e estudantes

“Outra preocupação é a de fazer um formato voltado para os estudantes, principalmente os que estão aprendendo português. Isso explica a parceria com mais de 15 universidades na França, Europa, e Estados Unidos, e também a presença desses escritores em escolas de ensino médio, como o liceu franco-brasileiro de Paris”, acrescenta.

A Primavera tenta todo ano fazer um equilíbrio entre escritores homens e mulheres, segundo Tonus. Mas ele explica que a desigualdade entre gêneros também reina no mundo da literatura. “Se você pegar as estatísticas, em termos de produção e publicação no Brasil, o desequilíbrio é fenomenal. Há muito mais homens sendo publicados e sendo lidos que autoras mulheres”, diz Tonus.

Imigrações, refugiados, expatriados

O responsável pela Primavera Literária Brasileira também vai estar no banco dos autores este ano. Leonardo Tonus está lançando a antologia de poemas “Ainda vai ser assim”, pela editora Nós, fruto de seu trabalho como pesquisador no tema das imigrações. “Nos últimos dois anos, trabalhei a questão dos refúgios e refugiados, não só uma visão voltada para a literatura brasileira, mas transversal, analisando o que podem, a literatura e a arte, face a essa catástrofe humanitária. Grande parte desta antologia é voltada para a questão do refúgio, e a esse ‘estar fora’, que é um pouco a minha vivência aqui, enquanto expatriado”, fala Leonardo Tonus.

 

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