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Músico paraense toca "forró psicodélico" e ensina carimbó em Paris

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O multi-instrumentista e cantor paraense Thomaz Silva realizou no último sábado (26) a primeira de uma série de oficinas de carimbó em Paris, para ensinar os franceses a cantar, tocar e dançar o ritmo do Pará. A aula aconteceu no Parc de la Villette (norte).

O músico paraense Thomaz Silva ensina carimbó em Paris
O músico paraense Thomaz Silva ensina carimbó em Paris Divulgação
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“Havia aproximadamente 15 pessoas, principalmente franceses que já tinham contato com a cultura brasileira e franco-brasileiros. A oficina durou uma hora e meia, mas depois ficamos lá fazendo som, tocando. A aula foi dividida em "canto", com canções tradicionais do carimbó, "percussão", com alguns elementos rítmicos básicos do tambor, da maraca e do cacetinho (instrumento local), e "dança", com a Monique Deboutteville.”

Thomaz chegou há pouco mais de um ano à capital francesa para um mestrado em história na Universidade Paris Est-Créteil. “Venho atuando na cena musical brasileira na cidade desde que cheguei, tocando samba, forró, MPB. Mas senti a necessidade de mostrar a musicalidade da minha região.”

O músico também faz parte da banda Papo Furado, criada há cinco meses, de “forró psicodélico”. “Não temos uma formação tradicional de forró. Não temos sanfona, temos guitarra. E temos uma solista, a Amina Mezaache, que toca flauta. Temos o Seba Yahia no triângulo e eu na zabumba. A gente nunca toca uma coisa igual a outra. A gente viaja. A Amina é uma super improvisadora, e o guitarrista Rodrigo Samico gosta muito de rock e de música pop, então misturamos tudo.”

O grupo já se apresentpu várias vezes em Paris e em outras cidades francesas, como Nantes (oeste) e Marselha (sul). Ele também se apresenta sozinho no tradicional bar brasileiro Mineirinho, no 20° distrito de Paris.

Família de músicos

Thomaz vem de uma família de músicos e é filho do cantor e compositor Edilson Moreno, que é conhecido no Norte do Brasil. “Eu cresci nesse ambiente. Chegava da escola e havia uma banda na sala de casa ensaiando”, conta.

“Aos 18 anos fui morar com um tio em um condomínio em Belém, e conheci um pessoal que tocava samba. Comecei a tocar violão, percussão, cavaquinho. Depois conheci o projeto Choro do Pará, coordenado pelo Paulinho Moura. Entrei em contato com a linguagem do chorinho, depois com o carimbó.”

Em 2011 ele fez uma turnê de dois meses pela França e Espanha tocando em um grupo folclórico de carimbó. Ao voltar a Belém, ele fundou com amigos o projeto experimental Carimbó Pirata (CP) e lançou o single “Boa Noite Cinderela”.

Atualmente ele está em processo de composição e de pesquisa de repertório para um CD.

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