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"Na França nos sentimos na verdade da música clássica", diz violoncelista

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O violoncelista paraense Diego Cardoso, que mora na França desde 2007, se dedica a vários projetos musicais. Ele participa do trio Brasilis e do quarteto Celloproject e também colabora com outros músicos e dá aula no conservartório Maurice Baquet, em Noisy-le-Grand.

O violoncelista paraense Diego Cardoso tem vários projetos musicais na França
O violoncelista paraense Diego Cardoso tem vários projetos musicais na França Elcio Ramalho/RFI
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Nesta sexta-feira (17) e neste sábado (18), ele se apresenta com o Celloproject, um quarteto de violoncelos, respectivamente no Espace Brémontier e na Catedral Sainte-Croix de Paris des Arméniens, ambos na capital francesa. No repertório, uma viagem musical da Rússia à América.

"Somos quatro ex-alunos da Ecole Normale de Musique de Paris, onde eu estudei em Paris. Resolvemos montar um projeto diferenciado, misturando música erudita com outros gêneros e sempre com um convidado diferente. O último concerto que fizemos foi com a cantora francesa Rafaëlle Cohen, com canções famosas do cinema. Ela é uma artista muito conhecida de comédia musical. O nosso próximo trabalho será com dois amigos brasileiros, o pianista Zazá e o percussionista Ewerton, com pitadas de jazz", explica.

Já com o trio Brasilis, formado por violino, viola e violoncelo, "temos um repertório clássico bem amplo, mas estamos dando espaço aos compositores contemporâneos, como o violinista do quarteto, Kalie Akel, que escreve músicas para o grupo". "Focamos justamente na música erudita brasileira", completou.

Cardoso também vai se apresentar nos dias 9 e 13 de abril no EuropArt, festival de música de câmara de Bruxelas, com a pianista francesa Elodie Vignon. No repertório obras dos tchecos Petr Eben e Bohuslav Martinů e do francês Alberic Magnard, entre outros.

De Belém para a França

Cardoso começou sua formação no Conservatório Carlos Gomes, em Belém. Aos 13 anos, ele entrou na Orquestra Sinfônica do Teatro da Paz, templo da música clássica da capital paraense.

Depois ele se formou em violoncelo na Universidade Federal do Rio de Janeiro e integrou a orquestra do Teatro Municipal e a Orquestra Nacional.

Ele chegou à França por meio de uma bolsa de aperfeiçoamento nos conservatórios de Briançon e Lyon. Em Paris, ele fez um curso com a renomada violoncelista Geneviève Teulières-Sommer e obteves o diploma superior de concertista. Atualmente ele mora em Lille, no norte do país.

"A França tem uma grande estrutura da música clássica, tem uma grande escola de violoncelo. A gente tem a oportunidade de ver concertos das melhores orquestras do mundo. É enriquecedor encontrar pessoas como a minha ex-professora Geneviève, que faz 80 anos este ano e foi aluna do André Navarra, ou seja, bebeu na fonte", diz. "Aqui a gente se sente na verdade da música clássica. No Brasil, a gente não sabe realmente de onde vem, como é que vem."

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