“Ser brasileiro não é só escutar samba e ver futebol”, diz coreógrafo baseado na Suíça
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Fundada na Suíça em 1994 pelo brasileiro Guilherme Botelho, a companhia de dança contemporânea Alias se apresenta atualmente em Paris com a coreografia Sideways Rain. Criado em 2010, o espetáculo já deu a volta ao mundo, mas continua conquistando novas plateias.
Durante uma hora, 14 bailarinos transitam, da esquerda para a direita do palco. Eles andam, correm, rastejam, rolam no chão e quase não se tocam. Essa é a tônica do espetáculo, apresentado como um balé de partículas animadas, em aceleração. “Eu queria colocar um rio em cena. Um rio de pessoas”, comenta o Botelho, que já apresentou o espetáculo em locais tão diferentes quanto Áustria, Coreia do Sul, Beirute ou Jerusalém.
Ele começou sua carreira no Balé da Cidade de São Paulo, onde fez parte de sua formação. No entanto, em suas criações, ele evita o clichê do coreógrafo brasileiro atuando na Europa. “Ser brasileiro não é escutar samba e ver futebol. É colocar o sagrado e o profano juntos, dentro de si na sociedade. É ter um jogo de cintura psicológico.” Sideways Rain fica em cartaz até 10 de novembro no teatro Monfort, em Paris.
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