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Prática musical coletiva pode diminuir polarização da sociedade, diz maestro Ricardo Castro

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O pianista e maestro baiano Ricardo Castro divide sua vida entre a Suíça e o Brasil. Na Suíça, onde se formou e se aperfeiçoou em piano e regência, ele é professor do mestrado da Escola de Altos Estudos de Música de Lausanne. No Brasil, mais precisamente em Salvador, na Bahia, Ricardo Castro desenvolve um importante trabalho social. Ele é o fundador do Neojiba, Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia.

Ricardo Castro fundador do Neojiba e maestro da Orquestra Juvenil da Bahia.
Ricardo Castro fundador do Neojiba e maestro da Orquestra Juvenil da Bahia. Neojiba
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O Neojiba é um programa do governo baiano, criando em 2007 e inspirado no famoso El Sistema venezuelano, que visa promover o desenvolvimento e a integração social de crianças e jovens carentes por meio do ensino e da prática da música.

Ricardo Castro é o maestro e o diretor artístico da Orquestra Juvenil da Bahia, a principal formação do Neojiba, que está atualmente em turnê na Europa. Além disso, ele tem uma carreira solo como pianista reconhecida internacionalmente.

O pianista conta que quando conheceu o El Sistema na Venezuela viu “um mundo novo se abrir”, com a possibilidade de conciliar aquilo que sempre praticou “com responsabilidade social”. O pianista levou o programa para o Brasil e nesses mais de oito anos de atividade “só teve a confirmação de que qualquer pessoa pode tocar um instrumento”.

O repertório da Orquestra Juvenil da Bahia, formada por mais de 100 jovens, concilia músicas clássicas e brasileiras. O maestro diz que “a diversidade e a abertura” são a marca da formação. Ele ressalta que quer utilizar esse patrimônio que são as partituras para entender melhor a nossa universalidade.”

As questões religiosas e a polarização da sociedade também se fazem presentes na orquestra baiana e Ricardo Castro ensina que “a prática musical coletiva é um dos meios não de erradicar, mas de amenizar ou diminuir essa polarização”. Ele revela que tem aconselhado “o hemisfério norte a pensar a orquestra como uma das maneiras de pacificar as comunidades em dificuldade”.

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