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Academia de Cinema dos EUA amplia número de membros mulheres e de minorias

Quase metade dos convidados a integrar neste ano a organização que entrega os prêmios Oscar é formada por mulheres, negros e outras minorias étnicas, segundo anunciou a Academia de Cinema. A decisão foi uma resposta às críticas sobre a falta de diversidade em suas cerimônias. A festa será realizada em 26 de fevereiro de 2017.

Emma Watson é novo membro da Academia de Cinema dos EUA
Emma Watson é novo membro da Academia de Cinema dos EUA Divulgação
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O recorde de 683 pessoas inclui estrelas em ascensão como John Boyeda, do último episódio de "Star Wars"; a atriz Emma Watson, de "Harry Potter"; a vencedora do Oscar Alicia Vikander; e a cantora Mary J. Blige. O grupo também inclui a diretora indo-canadense Deepa Mehta, o cineasta curdo-belga Sahim Omar Khalifa e o diretor iraniano Abbas Kiarostami e conta com 283 são membros internacionais, representando 59 países.

As mulheres representam 46% do total, e as minorias étnicas, 41%, ressaltando que a lista inclui 28 ganhadores e 98 indicados. O convidado mais jovem tem 24 anos, e o mais velho, 91.

Essa ampliação é feita após as fortes críticas sobre falta de diversidade dos membros da Academia e entre os vencedores do Oscar.

"Oscar so white"

Na premiação de fevereiro, os 20 indicados nas principais categorias eram brancos, o que provocou apelos de boicote ao evento e revolta nas redes sociais, que se cristalizaram na hashtag #OscarsSowhite.

"Essa lista continua nosso longo compromisso de receber o extraordinário e brilhante talento daqueles que trabalham no cinema hoje", disse a presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs.

"Convocamos a grande comunidade criativa a abrir ainda mais suas portas e a criar oportunidades para qualquer pessoa que esteja interessada em trabalhar nessa incrível indústria cheia de histórias", acrescentou em um comunicado.

Se a maioria dos convidados decidir aceitar a convocação, a demografia dos membros da Academia começará a mudar e deixará de ser principalmente branca, masculina e com mais 60 anos. Mas levará tempo para diversificar os mais de 6 mil eleitores da organização.

O percentual de membros masculinos, hoje em 75%, cairá para 73%, se todos os convidados deste ano comparecerem. Os brancos passariam de 92% para 89%.

Dobrar número de mulheres e minorias até 2020

Os diretores da Academia prometeram dobrar o número de mulheres e de minorias étnicas até 2020. A idade média de seus membros é 63 anos. Cada candidato deve ser apoiado por dois membros que acreditem que ele ou ela "demonstrou conquistas excepcionais no cinema".

Os indicados ao Oscar também devem ser considerados. A partir deste ano, o direito a voto para os novos membros será de apenas 10 anos e será renovado apenas se os integrantes estiverem ativos em filmes durante esse tempo.

Embora muitos tenham saudado a decisão da Academia de aumentar a diversidade entre seus membros, outros questionaram, porém, se todos os convidados merecem essa honra.

"Alguns são muito conhecidos e inquestionavelmente talentosos, mas suas conquistas no campo do cinema, em comparação com outras mídias, parecem faltar", afirmou Scott Feinberg, analista de prêmios para a revista The Hollywood Reporter. "Um pouco de progresso é melhor do que nenhum progresso, mas não estou convencido de que uma Academia com membros mais diversos, mas menos qualificados, seja uma Academia melhor", completou.

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