Comédia burlesca e drama social no segundo dia do Festival de Cannes
No segundo dia de projeção dos filmes em competição no Festival de Cannes, o burlesco se confronta ao drama social. “Ma Loute”, que pode ser traduzido como “Meu Queridinho” em versão livre, é o nome da comédia burlesca e delirante dirigida pelo francês Bruno Dumont. Juliette Binoche e Fabrice Luchini interpretam as personagens principais.
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Letícia Constant, enviada especial da RFI a Cannes
A história se passa no norte da França, na Baía de Slack, onde acontecem desaparecimentos misteriosos. É aí que entra em cena um inspetor muito louco, Machin, interpretado por Luchini, que vai se envolver, sem querer, em uma história de amor entre a filha bem liberal de pobres pescadores, e Billie, filho de ricos burgueses decadentes, com Juliette Binoche como chefe da família.
Já o filme do inglês Ken Loach, habitué do festival, traz uma temática social. “Eu, Daniel Blake” fala do percurso de um marceneiro de quase 60 anos que fica doente e é obrigado a pedir auxílio-desemprego pela primeira vez na vida. Refém da burocracia, ele corre de uma instituição a outra e acaba cruzando o caminho de Raquel, mãe de dois filhos, em situação de dificuldades.
Julia Roberts chega descalça
Na noite de quinta-feira (11), quem roubou a cena do festival foi a atriz Julia Roberts. Ela subiu as escadarias do festival descalça e só voltou a calçar os sapatos quando chegou à plateia do Gran Teatro Lumière para a estreia de "Jogo do Dinheiro" (Money Monster), que estrela ao lado de George Clooney e que foi dirigido por Jodie Foster.
O filme é um suspense que denuncia a corrupção em Wall Street e suas consequências. Ele conta a história de um apresentador de televisão (Clooney), guru da bolsa, que é pego como refém por um homem desesperado que perdeu todas as suas economias por seguir um de seus conselhos de investimento.
Diante dos telespectadores, Lee Gates (Clooney) e Patty Fenn (Roberts) se comovem com a história do jovem de classe média, interpretado pelo britânico Jack O'Connell, vítima da corrupção do sistema financeiro.
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