Acessar o conteúdo principal
Rendez-vous cultural

Mostra no Instituto do Mundo Árabe recria os jardins do Oriente

Publicado em:

Os jardins orientais nos transportam para um mundo quase mágico, onde a beleza e os perfumes inspiram escritores, filósofos e pintores da Antiguidade até hoje. E é esse encanto milenar que podemos descobrir na exposição "Jardins d'Orient, de Alhambra ao Taj Mahal".

Jardim efêmero visto do alto da passarela externa do Instituto do Mundo Árabe, em Paris.
Jardim efêmero visto do alto da passarela externa do Instituto do Mundo Árabe, em Paris. LC
Publicidade

A mostra no Instituto do Mundo Árabe explora toda a história dos jardins, dos mais antigos aos contemporâneos.Trezentas obras de arte vindas de museus internacionais e coleções particulares mostram os jardins e também os sistemas milenares de irrigação para preservá-los. Um momento especial é curtir o vídeo que simula os Jardins suspensos da Babilônia, uma das sete maravilhas do mundo. Fotos, maquetes, trajes de príncipes, esculturas, tudo que pode estar ligado aos jardins e aos temas florais é abordado, inclusive o paralelo com os jardins ocidentais.

Dos oásis e do Taj Mahal ao novo parque al-Azhar do Cairo, da Alhambra de Granada à Argélia, dos jardins dos príncipes aos espaços públicos ornamentados, o percurso relembra a cada segundo que a essência da vida e das plantas é a água.

A curadora da mostra, Sylvie Depondt, explica que o tema foi escolhido porque o jardim é um elemento fundador da história oriental e também "de nossa vontade de revisitar essa história na nossa época e ver o que o modelo oriental inspirou e ensinou na nossa prática contemporânea", ela diz.

Jardim efêmero pode durar no Instituto do Mundo Árabe

Parte da exposição é do lado de fora do Instituto, em um maravilhoso jardim efêmero realizado pelo paisagista Michel Pénat. São oliveiras, palmeiras, laranjeiras, jasmins... E o lado espetacular é que esse jardim tem é baseado na anamorfose, a arquitetura cênica. O craque na questão, François Abélanet, explicou que o anamorfismo é uma deformação ótica, uma ilusão, é a projeção de uma imagem sugerida por um polígono estrelado, com todos os losangos com flores e um espelho no centro. Do alto, os visitantes podem ter ilusões de ótica, sensações, enfim, como diz o criador, "depende do seu espírito".

O sucesso está sendo tão grande que o Instituto já pensa em manter os jardins externos por um ano, depois da exposição ter acabado.

Joëlle, uma visitante da exposição, fala o que sentiu durante o percurso: "Achei muito bonita, ela nos faz viajar e apreciar a finura e toda a arte dos jardins e da própria água. Tem um lado bonito, artistico e também uma lado científico, histórico. Eu gostaria que isso fosse mais aprofundado mas, mesmo assim, estava presente e equilibrou as coisas. A gente entra numa atmosfera, ao mesmo tempo tem a penumbra, o som das águas, dos passarinhos, objetos muito bonitos.... O vídeo sobre a confecção dos tapetes é lindo... Sinceramente, a exposição é uma beleza e talvez eu volte!", conta, entusiasmada.

Outra francesa apaixonada pelas artes, Charlene, veio especialmente da Bretanha especialmente paraa mostra e não se arrependeu: "A exposição é muito boa, com o canto dos pássaros, o som da água.... Eu também pude relembrar os jardins que visitei durante todos esses anos em muitos países do Oriente: Irã, Afeganistão, Curdistão, Marrocos, na Andaluzia também.... Essa mostra é formidável, eu adorei.... Ah! E tive a sorte de ver o jardim do lado de fora quando estava sol.... é mais bonito com o sol!", fala, sorrindo.

"Jardins D'Orient, de Alhambra ao Taj Mahal", no Instituto do Mundo Árabe, em Paris, fica em cartaz até o dia 25 de setembro.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Veja outros episódios
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.