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Cinema

Ellen Page, militante LGTB, faz seu primeiro papel gay no cinema

 “Freeheld” (“Amor por Direito”) estreia nesta quarta-feira (10), na França, com Julianne Moore e Ellen Page nos papeis principais. O filme americano fala sobre a história, baseada em fatos reais, de um casal gay vivido pelas atrizes.

Em "Freehel", Julianne Moore e Ellen Page (e) vivem um casal.
Em "Freehel", Julianne Moore e Ellen Page (e) vivem um casal. www.freeheld.movie
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É a primeira vez que Ellen Page, militante LGTB, interpreta uma lésbica nas telas. Sua carreira detonou em 2006, aos 20 anos, quando viveu o papel principal de “Juno”, uma adolescente que se vê diante do dilema de estar grávida. Depois, ela interpretou papeis importantes em "Bliss", dirigido por Drew Barrymore, e "Inception" ("A Origem"), de Christopher Nolan, entre outros.

Agora, em "Freeheld", a atriz canadense, 29 anos, vive a mecânica Stacie Andree, que tem um relacionamento sério com a policial Laurel Hester, vivida por Julianne Moore. Ao descobrir que sofre de um câncer terminal, a policial quer que sua jovem companheira receba os benefícios da pensão da polícia de Nova Jersey após a sua morte.

A trama gira em torno da dificuldade de ter essa relação homoafetiva reconhecida oficialmente, o que era impensável no começo dos anos 2000.

Atriz assumiu homossexualidade e virou defensora dos direitos LGTB

Desde que assumiu publicamente ser lésbica, em 2014, Ellen Page se tornou uma batalhadora da causa LGBT. Ela declarou a uma ONG que estava cansada “de se esconder, de mentir por omissão”. Ellen dirigiu a série e documentários Gaytion, em que ela viaja a vários países para saber como a questão LGBT é tratada.

No Rio de Janeiro, ela entrevistou um suposto policial que se diz abertamente contrário aos gays. Encapuzado, ele fala que homossexuais “são piores que bicho”. E acrescenta: “todo chiqueiro precisa ser limpo, se passar na minha frente, eu pego”. A câmera registra a expressão de horror no rosto de Page. A atriz conta a um site que foi um dos momentos mais tensos da produção. A visita ao Brasil inclui também uma entrevista com o deputado federal Jean Wyllys.

Casamento gay substitui constrangimento por empoderamento

A baiana Luiza, engenheira aposentada, vive em Salvador com a produtora de jornalismo paulista Silvia, há 23 anos. Para Luiza, a legalização do casamento no Brasil, em 2013, foi “revolucionário”. Ela conta que o “constrangimento” a que eram sujeitas frequentemente deu lugar ao “empoderamento”. Para Silvia, é “um reconhecimento social, de poder dizer publicamente que sou casada, que ela é minha companheira”.

Silvia e Luiza ainda não transformaram a união legalmente estável em casamento apenas por motivos burocráticos, pois uma vez casadas, todos os documentos também terão de ser mudados. Mas elas já pensam no casamento, que vai trazer outro benefício, o de transformar uma pessoa em herdeira e beneficiária da outra, evitando os percalços legais de antes e que mostram o filme “Amor por Direito”.
 

O documentário Gaytion, de Ellen Page, estreia no novo canal por assinatura nos EUA, Viceland, no dia 29 de fevereiro. Veja abaixo o trailer - o trecho sobre o Brasil após 6 minutos e 20 segundos:

 

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