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Fãs do mundo todo celebram centenário de Frank Sinatra

Este sábado (12) marca os 100 anos do nascimento de Frank Sinatra. A data é celebrada em várias partes do mundo com shows e exposições que relembram a vida e a carreira do cantor, ator e produtor que marcou a história da música e embalou gerações inteiras de artistas e fãs.

Frank Sinatra marcou o mundo do entretenimento como cantor, ator e produtor.
Frank Sinatra marcou o mundo do entretenimento como cantor, ator e produtor. www.sinatra.com
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Mais de 17 anos após sua morte, Frank Sinatra e seu legado musical continuam ocupando um lugar único na cultura americana e mundial, como provam os diversos eventos que marcam o centenário de seu nascimento. "The Voice" (a voz), como era conhecido, foi homenageado com um grande concerto esta semana em Las Vegas, que contou com a participação de Tony Bennett, Céline Dion e Lady Gaga, que se apresentaram diante de Nancy, a filha do cantor. Um show também foi realizado no Lincoln Center, em Nova York.

Sábado, o ápice das comemorações do centenário será em Hoboken, sua cidade natal às margens do Hudson, em frente à ilha de Manhattan. Uma placa comemorativa será inaugurada esta semana no local, que abriga atualmente em seu museu histórico uma exposição sobre a vida do cantor.

Em Paris, a galeria Joseph Bachaumont acolhe uma mostra com 100 fotografias que retraçam a vida de Sinatra entre 1932 e os anos 1980. Imagens do cantor, a maior parte delas inéditas, com Nathalie Wood, Mia Farrow, Ava Gardner ou John Fitzgerald Kennedy podem ser vista até 20 de janeiro. O visitante também pode relembrar o encontro de Martin Luther King com o cantor, que foi uma das primeiras personalidades brancas dos Estados Unidos a apoiar o militante em sua causa. Emissoras de rádio e canais de televisão franceses também preparam, até o fim do ano, uma programação especial em homenagem ao artista.

Mestre do marketing pessoal, Sinatra sempre promoveu sua imagem

Frank Sinatra foi um dos primeiros cantores a dar importância ao marketing, a ponto de capitalizar sua imagem de ítalo-americano de origem humilde, enquanto cuidava de sua aparência, sempre impecável. Mas esses artifícios eram vistos apenas pelos críticos como um complemento para as qualidades musicais do cantor, que nunca recebeu formação tradicional e nasceu com um tímpano perfurado.

Meticuloso, exigente ao extremo, Sinatra não escreveu nenhuma das músicas que o tornaram famoso, desde sua primeira gravação, em 1939. Frequentemente associado com "big bands" no início de sua carreira, ele evoluiu rapidamente para os grandes musicais e o jazz.

Mesmo se dois de seus principais sucessos, Strangers in the Night e My Way (adaptação da canção francesa Comme d'habitude de Claude François, Gilles Thibaut e Jacques Revaux), datam da década de 1960, antes de anunciar pela primeira vez sua “aposentadoria”, em 1971, Sinatra sempre voltou às paradas. Como em 1973, quando retornou aos palcos com força interpretando New York, New York, trilha sonora do filme de mesmo nome, dirigido por Martin Scorsese.

O cinema, aliás, também marcou a carreira de Sinatra. Mas ao contrário de outros crooners norte-americanos de sua geração, “a voz” atuou com estrelas ou sob a direção de grandes nomes, em produções que entraram para a história da sétima arte. Meus dois carinhos, de George Sidney (1957), no qual contracena com Rita Hayworth, ou ainda O homem do braço de ouro, de Otto Preminger (1955) são apenas alguns exemplos da polivalência do artista.

Brasil marcou a carreira da Sinatra

O cantor, que viveu principalmente em Las Vegas, onde se apresentou em grandes casinos diariamente durante anos, fez diversas turnês nos Estados Unidos e no resto do mundo até 1995. Um das viagens mais marcantes foi em 1980, quando esteve no Rio de Janeiro pela primeira vez. O show, que acolheu 175 mil pessoas no Maracanã, foi um dos primeiros grandes espetáculos internacionais no estádio carioca.

Uma das imagens emblemáticas da trajetória do cantor é sua interpretação de Garota de Ipanema, acompanhado por Tom Jobim.
 

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