Após Egito e Marrocos, filme Êxodo é proibido nos Emirados Árabes Unidos
Depois de proibições no Egito e no Marrocos, o filme "Êxodo - Deuses e Reis", sobre a vida de Moisés, agora enfrenta censura nos Emirados Árabes Unidos. Segundo o Conselho Nacional de Mídia, entidade responsável pela aprovação do lançamento de filmes, a produção não pode ser exibida porque "há muitos erros no roteiro".
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Juma Obeid Al Leem, diretor de análise de conteúdo do conselho, afirmou que o filme "apresenta informações erradas sobre o Islã e outras religiões". "Não podemos permitir essa negligência", disse. O órgão havia pedido aos produtores e distribuidores do filme para cortar as cenas com "equívocos" sobre o Islã, mas eles recusaram. Al Leem disse ainda que o seu departamento assistiu ao filme cuidadosamente e que encontrou muitos erros.
Um membro do staff do grupo de salas de exibição Novo Cinemas, em Abu Dhabi, confirmou que recebeu uma notificação para remover todo o material relacionado ao filme, como cartazes e anúncios, inclusive do site da empresa.
Polêmica racial
O filme "Êxodo"já havia sido alvo de polêmica nos Estados Unidos pela escalação de atores brancos para os papéis de Moisés e Ramsés. O diretor Ridley Scott apenas piorou a situação ao rebater as críticas dizendo que seria impossível conseguir financiamento com protagonistas chamados "Mohammad disso-ou-daquilo", em entrevista à revista "Variety".
Em "Êxodo", o profeta Moisés é interpretado pelo inglês Christian Bale, enquanto o australiano Joel Edgerton faz o papel do faraó egípcio Ramsés. Ainda assim, Scott ressalta que o filme é "multiétnico", pois conta com atores de outras etnias em papéis secundários.
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