Esse ano foi mais uma vez marcado por gigantes globais, como Pharrell Williams e sua canção Happy, e até Michael Jackson, ressuscitado por Justin Timberlake, com Love Never Felt So Good. No entanto, muita coisa interessante foi feita no velho continente, do Reino Unido a França, passando por Portugal e Suécia, onde as vozes femininas deram o tom. Os meninos com terninhos apertados estilo anos 1960 foram menos presentes nos palcos e as meninas dominaram a cena musical.

Um dos nomes que emerge é FKA twigs, Tahliah Debrett Barnett na vida real. A compositora e intérprete inglesa, descendente de jamaicanos e espanhóis, representa bem essa nova geração de músicos, que captam várias influências para encontrar uma forma de expressão mais arty. Basta dar uma olhada nos clipes da moça, como os bizarros mas fascinantes Water Me ou Video Girl. Queridinha da imprensa, a namorada do eterno vampiro Robert Pattinson estará nas páginas da revista Vogue americana do mês de janeiro. Ou seja, ainda vamos ouvir falar muito da moça nesse ano que está começando.

Outro nome vindo da Inglaterra é o de Kate Tempest. Com uma estética natural e quase bruta, ela foge do look sexy de compatriotas como Lilly Allen para mostrar que a personalidade artística também passa por outros códigos. Nova sensação britânica, a inglesa conquistou o público com sua rima afiada e ganhou espaço no masculino mundo do rap.

Francesas cantam em inglês e conquistam Europa

Mas não foi só nas terras da rainha que a música deu bons frutos em 2014. Os franceses estão cada vez mais presentes na cena musical, principalmente os que perderam o medo de cantar em inglês, visando um público internacional. Um bom exemplo foi o duo Lilly Wood and the Prick, formado por Nili Hadida et Benjamin Cotto. A voz da moça, na versão mixada da canção Prayer In C, foi um dos hits do ano bem além das fronteiras francesas.

Outra que também soltou a voz foi Christine and the Queens. Misturando francês e inglês em suas canções, ela fez jus ao nome e foi uma das rainhas de 2014, como prova a música Saint Claude, que marcou presença em rádios e programas de televisão durante o ano.

Capicua brilha em Portugal e Robyn balança pistas de dança

Fora do eixo Londres/Paris, os portugueses também foram supreendidos este ano por Ana Matos, ou melhor, Capicua, que lançou o disco Sereia Louca e quase levou os portugueses à loucura. A canção Vayorken, que começou quase como uma brincadeira, conquistou várias gerações em 2014.

Já os ventos vindos no norte do continente trouxeram novamente para nossos ouvidos a sueca Robyn. Ela balançou as pistas nos últimos dois anos e repete o sucesso em 2014, com o hit Do it again.