Filme sueco surpreende e fica com o Leão de Ouro em Veneza
O filme sueco "A Pigeon Sat on a Branch Reflecting on Existence" ("Um pombo sentado em um galho pensa na vida", em tradução livre), do cineasta Roy Anderson, venceu neste sábado (6) o Leão de Ouro na 71ª edição do Festival de Veneza. Uns descrevem o filme como uma obra satírica, outros como uma sucessão de cenas absurdas e desconexas.
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O presidente do júri, o compositor francês Alexandre Desplat, defendeu a escolha do filme de Anderson pelo caráter singular da obra, em uma seleção que foi marcada por filmes de guerra, crises e outras calamidades do mundo atual. "Premiamos filmes com forte conteúdo artístico, obras que nos tocaram pelas dimensões humanista e política", disse. O filme do diretor sueco é uma sucessão de cenas satíricas que tenta refletir sobre o absurdo e o sentido da vida, através dos olhos de um vendedor de fantasias e de seu amigo, portador de problemas psicológicos.
Os protagonistas do filme "Hungry Hearts", história de um jovem pai preocupado com a alimentação do filho, Adam Driver e Alba Rohrwacher, ficaram com os prêmios de melhor ator e melhor atriz, respectivamente. O Leão de Prata de melhor diretor foi para o russo Andrei Konchalovsky, por "The Postman's White Nights". O elogiado documentário "The Look of Silence", do americano Joshua Oppenheimer, recebeu o Grande Prêmio do Júri.
Completam a lista de vencedores:
Marcello Mastroianni Award para melhor ator/atriz jovem:
Romain Paul, "Le Dernier Coup De Marteau", direção de Alix Delaporte (França)
Melhor Roteiro:
Rakhshan Banietemad e Farid Mostafavi, do filme "Ghesseha" (Irã)
Prêmio Especial do Júri:
"Sivas", direção de Kaan Mujdeci (Turquia, Alemanha)
Leão do Futuro, para estreantes:
Court, direção de Chaitanya Tamhane (Índia)
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